Palmeiras impõe liderança e expõe urgência tática nos rivais sub-17
Rodada marca tropeços de favoritos, reações pontuais e calendário pressionando ajustes imediatos
O 17º capítulo do Brasileiro sub-17 abriu margem para leituras maduras num torneio que costuma julgar cedo e planejar tarde. Inter e Flamengo empataram em Porto Alegre, o Vasco controlou o Atlético-GO em Goiânia por 2 a 0, o América-MG venceu o Bahia em Camaçari por 3 a 1, o São Paulo segurou o Cuiabá em Cotia por 1 a 0, e o Palmeiras virou sobre o Corinthians por 3 a 2 em Santana de Parnaíba. A tabela confirma o cenário de força alviverde em 2025 com 40 pontos, enquanto a perseguição se pulveriza entre blocos que oscilam mais do que admitem. A rodada segue nesta quarta com Bragantino e Santos, Botafogo e Fluminense, Atlético-MG e Fortaleza, Juventude e Grêmio, e fecha na quinta com Athletico-PR e Cruzeiro.
Em campo, a fotografia é menos sobre nomes e mais sobre ideias. O Palmeiras constrói vantagens pelo corredor esquerdo, alterna largura e infiltração e tem bola parada que resolve jogos difíceis. O Vasco apresentou controle emocional raro na categoria, com pressão coordenada e circulação paciente para abrir espaços. O São Paulo manteve bloco médio compacto e venceu na gestão de risco. O Flamengo, competitivo em transição, ainda sofre quando precisa propor contra linha baixa. O América-MG expôs a fragilidade do Bahia no ajuste entre volantes e zagueiros. No conjunto, a rodada reforçou que a diferença entre a elite e o pelotão perseguidor está no detalhe que se treina todo dia, não no lampejo que aparece no vídeo curto.
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As consequências ultrapassam os pontos. Em 2025, a vitrine do sub-17 é decisiva para convocações e para a ponte com o sub-20, onde a competição física e cognitiva cobra caro de quem chega mal formado. A liderança palmeirense estressa os rivais a anteciparem processos, o que costuma gerar atalhos perigosos no desenvolvimento individual. Para quem mira a faixa de cima da tabela, o recado é pragmático: controlar momentos do jogo, reduzir perdas de segunda bola e qualificar a última ação. Para quem patina na zona intermediária, o risco é ver setembro passar enquanto a matemática fecha portas.
Eis a leitura incômoda e necessária. Sub-17 não é campeonato de rótulos, é laboratório de hábitos. O resultado importa, mas só faz sentido quando serve ao método. O Palmeiras colhe porque repete, e os que perseguem precisam escolher entre o discurso e a rotina. A rodada ofereceu um roteiro didático aos impacientes: menos promessas de promoção apressada, mais treino bom de terça. Quem entender isso agora disputará troféus e formará jogadores em 2025. Quem não entender seguirá somando estatísticas e perdendo tempo, o ativo mais caro da base.
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