Palmeiras resiste enquanto Europa disputa compra de Ríos
Clube exige alto valor e não teme desgaste com o jogador
O Palmeiras entrou na rota dos grandes leilões do mercado internacional ao fixar o preço de Richard Ríos em 30 milhões de euros (R$ 194 milhões). A postura firme da diretoria reflete a valorização do colombiano após boa participação no Mundial de Clubes, e sinaliza que o clube não aceitará qualquer investida abaixo do valor estipulado. Roma e Zenit já fizeram sondagens formais, mas esbarraram no muro alviverde. Com contrato até 2028 e multa rescisória astronômica, Ríos segue treinando normalmente na Academia enquanto o mercado se agita.
Dentro de campo, o meia é peça-chave na engrenagem de Abel Ferreira, sobretudo após as saídas recentes de Estêvão e Paulinho. Ríos alia vigor físico à leitura tática, sendo um elo entre a destruição e a criação. Não é à toa que Abel segura o jogador com mãos firmes, pois no modelo reativo e acelerado do Verdão em 2025, ele virou bússola de transição e controle de ritmo. Sua saída agora exigiria uma reconfiguração de meio-campo às vésperas do mata-mata da Copa do Brasil contra o Corinthians — risco que o técnico português, precavido como é, prefere evitar.
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Se o jogador sonha com voos maiores — especialmente de olho na próxima Copa do Mundo —, o Palmeiras não esconde que, diante de cifras expressivas, está disposto a negociar. Mas faz isso sem se ajoelhar para a Europa. A pedida alta afasta aventureiros e privilegia clubes com real poder de investimento, como a Roma, que larga na frente pela competitividade e apelo midiático. Já o Guarani, detentor de 13,34% dos direitos do meia, observa com o olhar atento de quem pode lucrar até 4 milhões de euros em caso de venda. Negócio é jogo de paciência.
Velho de guerra nesse ofício, posso dizer sem pestanejar: o Palmeiras aprendeu a vender como poucos. Não entrega suas joias de graça e administra bem o tempo — o que no futebol vale mais que ouro. O risco de perder Ríos no meio da temporada existe, claro, mas não há desespero no ar. Em vez disso, há cálculo. E um certo sotaque de quem, mesmo cercado por cifras em euro, ainda trata futebol com um pé no chão. Como se diz por aqui, "quem tem galo gordo, não corre pra vender no primeiro canto".
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