Palmeiras sucumbe e vê sonho continental ameaçado
LDU impõe domínio e deixa Verdão em desvantagem brutal
O Palmeiras viveu uma noite trágica em Quito. Derrotado por 3 a 0 pela LDU, o time de Abel Ferreira sofreu uma das atuações mais frágeis da era do treinador na Libertadores. O primeiro tempo foi um colapso tático e emocional, com a equipe equatoriana explorando a altitude, a velocidade e os espaços entre as linhas palmeirenses. Villamíl marcou duas vezes, Alzugaray converteu um pênalti, e o Verdão deixou o campo atordoado, sem conseguir reagir diante da pressão intensa e da eficiência rival.
A estrutura que consagrou Abel Ferreira como estrategista ruiu em 45 minutos. O meio-campo foi engolido por Minda e Gruezo, Andreas Pereira falhou na contenção e a dupla Gómez-Murilo mostrou lentidão na recomposição. Sem amplitude efetiva e com um ataque desconectado, o Palmeiras tornou-se previsível e vulnerável. As tentativas de reação na etapa final, com Sosa e Jefté, mostraram esforço, mas não convicção. Faltou o que sempre definiu o time nos grandes jogos: organização, agressividade e leitura de cenário.
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O placar obriga o Verdão a um feito raro na história recente da Libertadores. Para avançar à final, precisará vencer por três gols de diferença no Allianz Parque, diante de uma LDU que se mostra madura, compacta e letal. A missão é hercúlea, mas não impossível para um elenco acostumado a reverter abismos. Ainda assim, a derrota deixa cicatrizes, reabre discussões internas e pressiona Abel a reencontrar o equilíbrio competitivo que sustentou seu ciclo vitorioso.
O jogo em Quito expôs mais do que falhas táticas: revelou desgaste de ideias e uma certa previsibilidade que o tempo impôs ao Palmeiras. A insistência em padrões conhecidos, sem adaptação às circunstâncias, custou caro. O desafio de Abel agora é resgatar a vitalidade de um grupo que já foi temido pela frieza e pela precisão. O Allianz Parque decidirá a vaga, mas o verdadeiro duelo será entre o presente acomodado e a memória vencedora.
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