Palmeiras vence Sport com autoridade e reassume vice-liderança no Brasileiro
Triunfo por 3 a 0 expõe contraste entre estabilidade paulista e fragilidade pernambucana
O Allianz Parque recebeu, na noite de segunda-feira, um jogo que disse mais sobre os rumos do Campeonato Brasileiro de 2025 do que os números aparentam. O Palmeiras, vestindo uniforme inspirado na seleção brasileira de 1965, venceu o Sport por 3 a 0 e voltou à vice-liderança, alcançando 42 pontos em 19 partidas. Os gols foram de Flaco López, em dose dupla, e do capitão Gustavo Gómez. Do outro lado, o Sport completou sua 19ª partida com apenas uma vitória, preso na lanterna com 10 pontos e cada vez mais distante de um enredo de reação.
Tecnicamente, o duelo mostrou um abismo difícil de ser reduzido. O Palmeiras de Abel Ferreira manteve sua organização habitual, com posse controlada e amplitude ofensiva que anulou o 4-4-2 de Daniel Paulista. A pressão alta asfixiou a saída do Sport, e a movimentação de Vitor Roque entre linhas abriu espaços para López explorar com precisão. Defensivamente, a solidez foi quase protocolar: Weverton praticamente não foi exigido. A diferença de recursos, no entanto, não explica tudo; ela foi ampliada pela leitura tática desigual, que reduziu o Sport a um visitante passivo, incapaz de competir em intensidade.
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O impacto na tabela é imediato e relevante. O Palmeiras se reafirma como principal perseguidor do Flamengo, agora líder isolado com 46 pontos. A vitória também fortalece a confiança de um elenco que saiu do Mundial de Clubes com status elevado, mas precisava manter o compasso no calendário doméstico. Para o Sport, a derrota acentua a espiral negativa: além do atraso na pontuação, o time enfrenta um problema de identidade, preso entre a necessidade de se fechar e a incapacidade de transição ofensiva. O rebaixamento, embora matematicamente distante, já se desenha como cenário plausível se a curva não se alterar.
A leitura crítica do resultado vai além da obviedade. O Palmeiras cumpre sua função de candidato ao título, mas a vitória também evidencia um campeonato desequilibrado, onde a distância entre forças consolidadas e clubes em crise estrutural cresce a cada rodada. O uniforme novo foi um detalhe estético; o que se impôs foi a rotina de um projeto esportivo sólido contra um adversário que sobrevive mais de história do que de presente competitivo. Ao Sport resta mais do que corrigir erros: precisa reencontrar um propósito de jogo antes que 2025 se transforme em um ano de condenação precoce.
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