Sai Francisco, entra Leão 14. E com ele, um novo capítulo também no relacionamento da Igreja Católica com o esporte. Se o papa argentino era apaixonado por futebol e torcedor fanático do San Lorenzo, o americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, traz no currículo um amor declarado pelas quadras de tênis. Em entrevista à Ordem de Santo Agostinho, ainda como cardeal, ele garantiu: "Sou um amador, mas jogo muito bem."

O gosto pelas raquetadas vem de longa data, temperado pelos anos de missão no Peru e o pouco tempo disponível após sua saída de lá. "Estou ansioso para voltar à quadra", brincou, bem-humorado, ao comentar as dificuldades de seguir praticando agora no papel de sumo pontífice. A bem da verdade, com as exigências do cargo, vai ser mais fácil ver o novo papa em cerimônias do que executando um 'backhand' no Vaticano.

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Leão 14 é daqueles perfis que surpreendem. Formado em matemática pela tradicional Universidade Villanova, nos Estados Unidos, também gosta de caminhar, ler e conhecer novos lugares. E é nesse espírito aberto que ele conquistou fiéis e até torcedores: nas redes sociais, fãs do New York Yankees o apelidaram de "Latin Yankee", enquanto torcedores dos Knicks enxergam nele um sinal divino para uma improvável campanha ao título da NBA.

Curiosamente, enquanto ele era anunciado ao mundo, os olhos do tênis se voltavam para o Torneio de Roma. E, numa feliz coincidência, sua imagem foi exibida no telão da quadra central do Foro Italico. Coincidência ou não, o novo papa já marcou presença entre os grandes do esporte – mesmo que, agora, suas disputas sejam outras, mais espirituais, mas não menos intensas.