Ponte supera expulsão precoce, derrota CSA fora e assume vice-liderança
Time campineiro mostra solidez mesmo em inferioridade numérica e complica Azulão alagoano
O Estádio Rei Pelé assistiu a um roteiro de tensão e resiliência. A Ponte Preta, reduzida a dez jogadores desde os 20 minutos pela expulsão de Saimon, venceu o CSA por 2 a 1 nesta segunda-feira e alcançou a vice-liderança da Série C com 33 pontos, já garantida no quadrangular final. O Azulão, pressionado pela própria fragilidade, estacionou nos 22 pontos, despencou para a 14ª colocação e se vê ameaçado tanto pela eliminação precoce quanto por um rebaixamento que parecia improvável semanas atrás.
O duelo foi marcado por contrastes de abordagem. A Ponte, obrigada a se reorganizar cedo, apostou em linhas compactas e contra-ataques diretos, explorando as falhas de recomposição do CSA. O gol de Toró, aos 12 do segundo tempo, abriu caminho para um triunfo consolidado no pênalti convertido pelo veterano goleiro Diogo Silva, personagem inesperado do jogo. O time alagoano, mesmo com vantagem numérica, careceu de clareza ofensiva: a posse de bola se converteu em previsibilidade e só produziu o gol tardio de Robinho, quando o cronômetro já era adversário.
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As consequências da noite vão além da tabela imediata. A Ponte ratifica um processo de reconstrução que vinha sendo colocado à prova após anos de instabilidade, e mostra capacidade de competir em contextos adversos, marca essencial na fase decisiva. O CSA, em contrapartida, terá de encarar a rodada final com a calculadora em mãos: precisa vencer o Brusque em Santa Catarina e torcer por uma improvável combinação de cinco resultados. O risco de rebaixamento, ainda que remoto, funciona como fantasma incômodo e desmoralizante para um clube que iniciou a temporada mirando acesso.
O episódio expõe a diferença entre clubes que souberam amadurecer no torneio e aqueles que se perderam em seus próprios vícios. A Ponte encontrou na disciplina tática o antídoto para a pressão de Maceió, enquanto o CSA transformou vantagem numérica em peso psicológico. Em 2025, a Série C tem mostrado que competitividade não se mede apenas por elenco ou orçamento, mas por capacidade de reagir diante do imponderável. Neste recorte, a Ponte cresceu onde o Azulão encolheu, e essa talvez seja a sentença mais dura para o torcedor alagoano.
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