O empate sem gols entre Bahia e América de Cali, pela Sul-Americana, não teve o resultado esperado, mas evidenciou a crescente importância de Ramos Mingo no elenco tricolor. Capitão na partida, o zagueiro argentino foi titular pela 31ª vez na temporada e reforçou sua condição de pilar defensivo do time comandado por Rogério Ceni. Aos 23 anos, Mingo tem se destacado pela consistência, liderança e regularidade.

Desde sua estreia em janeiro, o defensor participou de 31 dos 32 jogos em que esteve relacionado, liderando o ranking de titulares do clube em 2025. Além disso, é quem mais atuou em minutos: são 2.744 até aqui, superando nomes como Luciano Juba (2.632) e Erick Pulga (2.535). Mingo rapidamente conquistou espaço e o respeito de colegas e comissão técnica, inclusive ganhando a braçadeira de capitão em duas ocasiões.

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Sua chegada ao Bahia preencheu uma lacuna tática importante: a falta de um zagueiro canhoto que se adaptasse ao modelo de jogo de Rogério Ceni. Nem Vitor Hugo em 2023, nem Víctor Cuesta em 2024, conseguiram atender à demanda. Mingo, por outro lado, mostrou segurança, versatilidade chegando a atuar como lateral-esquerdo e maturidade impressionante para sua idade, justificando o investimento de cerca de R$27,4 milhões.

As estatísticas confirmam seu protagonismo. No Brasileirão, é o segundo em passes certos (47,5 por jogo) e cortes (3,7 por partida), além de ser o terceiro em bolas longas. Fora das quatro linhas, seu espírito de liderança também é exaltado por Ceni, que o descreve como um "ser humano fantástico" e uma das contratações mais acertadas do clube. Neste sábado, contra o Fortaleza, Mingo estará em campo mais uma vez com ou sem a faixa de capitão. 

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