Sergipe insiste até o fim e elimina Jequié no Batistão
Ericsson marca nos acréscimos e Gipão avança na Série D nacional
Foi com o relógio a seu favor e o coração na mão que o Sergipe confirmou, na tarde deste domingo (27), sua vaga na segunda fase da Série D. O Gipão venceu o Jequié por 1 a 0 na Arena Batistão, em partida truncada, marcada por domínio territorial dos donos da casa e pouca efetividade na hora de concluir. O gol salvador veio aos 44 minutos da etapa final, em jogada veloz de Reny Max que encontrou Ericsson livre para decidir. Com isso, o time sergipano se garantiu entre os classificados do Grupo A4, enquanto o Jequié, que precisava vencer por três gols de diferença, dá adeus à competição.
O jogo escancarou as diferenças entre uma equipe que soube controlar os nervos e outra que esbarrou nos próprios limites. O Sergipe foi agressivo desde o início, marcando alto e tentando induzir o erro na saída de bola baiana. O Jequié, forçado a se lançar, teve uma única grande chance no primeiro tempo, parada em defesa espetacular de Alan Alves. Na volta do intervalo, o time mandante cresceu com Reny Max, que deu amplitude e verticalidade ao lado esquerdo. Ainda assim, perdeu ao menos três oportunidades claras antes de assistir Ericsson concluir a jogada decisiva com frieza. Faltou capricho — e sobrou insistência.
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A vitória classifica o Sergipe com méritos, mas também evidencia pontos que preocupam. A equipe criou volume, teve imposição tática, mas pecou demais na conclusão. Em fases eliminatórias, onde a margem de erro é mínima, esse tipo de desperdício pode custar caro. Já o Jequié encerra sua campanha de forma digna, dentro de uma limitação orçamentária conhecida. Brigou com o que tinha, mas faltou elenco, especialmente no banco, para alterar o rumo do jogo quando ele exigia mais do que suor.
A torcida do Gipão, que empurrou durante os 90 minutos, fez sua parte. Agora, será preciso que o time acompanhe esse ímpeto com mais lucidez na área adversária. A próxima fase exigirá mais do que vontade — pedirá eficiência. Ericsson salvou a tarde e Reny Max, apesar dos erros, foi o motor ofensivo. Mas a Série D não perdoa reincidência. Como diria um velho colega dos tempos de rádio em Feira, "quem não mata o jogo, pode ser comido pelas beiradas". E aí não tem gol no fim que resolva.
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