Treinadores no topo
Filipe Luís redefine patamar no Brasil
A renovação de Filipe Luís com o Flamengo recolocou em evidência a escalada salarial dos técnicos no futebol brasileiro. O novo contrato vai até dezembro de 2027 e garante ao treinador vencimentos mensais próximos de dois milhões e cem mil reais, valor que o posiciona entre os mais bem pagos do país e consolida uma virada radical em sua carreira fora das quatro linhas.
O movimento não é isolado. Clubes com receitas robustas passaram a tratar o comando técnico como ativo estratégico, remunerado de forma compatível com a responsabilidade esportiva e financeira. No caso de Filipe Luís, pesa a leitura interna de potencial, a rápida adaptação ao cargo e a confiança em um projeto de longo prazo, algo raro em um ambiente historicamente instável.
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O cenário expõe um mercado cada vez mais concentrado. Abel Ferreira lidera a lista com salários na casa de três milhões mensais, seguido por Filipe Luís e Dorival Júnior, já na faixa dos dois milhões. Nomes como Jorge Sampaoli e Juan Pablo Vojvoda completam o grupo de elite. Fora desse eixo, a maioria dos clubes segue distante dessa realidade, o que amplia o abismo competitivo.
O veredito é direto. O futebol brasileiro entrou de vez na era dos técnicos milionários, mas restrita a poucos centros de poder. O salário elevado não garante resultado, porém sinaliza profissionalização e aposta em continuidade. Quem pode pagar, paga caro. Quem não pode, segue trocando de treinador e pagando o preço esportivo dessa escolha.
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