Vasco empata e é eliminado em noite de ruptura com torcida

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Vasco empata e é eliminado em noite de ruptura com torcida

Sul-Americana vira vexame e diretoria sai marcada por protestos 

📷 Reprodução: X (Twitter) - ESPNBrasil

A noite de terça-feira em São Januário foi marcada por um empate que soou mais como derrota. O Vasco, já humilhado no jogo de ida por 4 a 0, não passou de um 1 a 1 com o Independiente del Valle e deu adeus à Sul-Americana com o placar agregado de 5 a 1. A partida, disputada sob vaias e protestos, tornou-se símbolo de um esgotamento que vai muito além das quatro linhas. Com o estádio dividido entre apoio inicial e revolta no segundo tempo, o que se viu foi uma ruptura clara entre o time e seus torcedores — muitos virando de costas para o campo em sinal de repúdio.

Em campo, o técnico Fernando Diniz até tentou alternativas. Com desfalques, improvisou Hugo Moura na zaga e lançou Jair no meio, buscando posse e circulação. O início até teve lampejos: chances de Vegetti e Rayan empolgaram por breves minutos. Mas bastou o Del Valle encaixar seu jogo direto e eficiente para esfriar o ambiente. O gol de Spinelli, em bola parada — a 25ª sofrida dessa forma em 2025 —, desmontou o Vasco, cuja fragilidade defensiva já virou estatística alarmante. A insistência nas bolas aéreas foi, novamente, sinal de carência tática.

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Fora das quatro linhas, o diagnóstico é ainda mais severo. A eliminação expõe a incoerência da estratégia vascaína: priorizar uma competição continental sem possuir um elenco minimamente competitivo. O resultado? Poupas no Brasileiro, perdes fora e dentro de casa, e vê o Z-4 espreitar. O protesto da torcida — silencioso, de costas, incisivo — foi o recado mais claro: não se compra esperança com marketing nem se sustenta um clube centenário apenas na retórica. A fala de João Victor, ironizando os torcedores, só piorou a relação.

O Vasco agora precisa encarar a dura realidade: o planejamento fracassou. A Sul-Americana foi embora, e o Campeonato Brasileiro virou questão de sobrevivência. Com um elenco limitado, sem perspectiva de reforços e um treinador que parece sem novas ideias, o desafio agora é fugir da degola. Domingo, no Beira-Rio, a missão será contra o Internacional. O torcedor, cansado de promessas vazias, espera ao menos atitude. Porque paciência, meu amigo, já se perdeu faz tempo. 

 

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Sábado, 26 Julho 2025

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