Vila Nova supera Paysandu e encerra longa invencibilidade paraenses
João Vieira decide contra ex-clube e mantém Papão afundado no Z-4
A estreia de Paulo Turra no comando do Vila Nova coincidiu com o fim de uma das sequências mais consistentes da Série B. Em plena Curuzu, o time goiano venceu o Paysandu por 1 a 0, gol de João Vieira — justamente um ex-bicolor, que vestiu a camisa alviceleste por três temporadas. O resultado derrubou a invencibilidade de nove jogos dos paraenses, manteve o adversário no Z-4 e levou o Vila aos 30 pontos, ainda de olho na parte de cima da tabela.
O duelo se desenvolveu sob forte marcação e pouca fluidez ofensiva. Turra armou o Vila com linhas compactas, controlando espaços centrais e forçando o Paysandu a buscar alternativas pelos lados. A estratégia reduziu o impacto dos principais articuladores adversários e explorou a previsibilidade das jogadas longas. O gol nasceu de um avanço pontual, quando João Vieira apareceu livre após inversão rápida, mostrando que, mesmo em noite de recursos escassos, eficiência e concentração podem compensar volume de jogo. O time da casa, embora tenha mantido 59% de posse, errou passes em zonas críticas e viu o ímpeto se diluir na ansiedade.
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Com a vitória, o Vila Nova sobe para a nona colocação e mantém a margem de manobra para encostar no pelotão de acesso, hoje separado por apenas quatro pontos. Já o Paysandu, em 19º com 21 pontos, amarga um cenário delicado: não basta reagir em casa, é preciso reverter a baixa produtividade fora. O calendário imediato, com confrontos diretos na luta contra a queda, transforma cada rodada em decisão — e qualquer deslize tende a custar caro.
O jogo expôs um contraste de maturidade competitiva. O Vila entendeu o valor de administrar o ritmo e aceitar a partida no terreno que lhe era mais favorável. O Paysandu, por sua vez, ainda parece refém de um modelo que não se adapta quando a superioridade territorial não se converte em perigo real. Como se diz na Bahia, é preciso "tirar o pé da areia" antes que a maré suba — e, no campeonato, a maré não espera.
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