Vitória deposita sobrevivência na Série A em oito batalhas caseiras
Clube aposta na força da torcida, mas números desafiam a esperança rubro-negra
O Vitória chega à reta final do Campeonato Brasileiro de 2025 pendurado na matemática e sustentado pela mística do Barradão. Na 17ª posição, com 22 pontos, o clube vê nos oito jogos restantes como mandante a chance de escapar do rebaixamento. A conta é simples na teoria: são 24 pontos em disputa diante de adversários de peso como Fluminense, Bahia, Corinthians e São Paulo. O cálculo da UFMG aponta que 46 pontos praticamente eliminam o risco de queda, mas a tarefa exige uma performance perfeita em casa, algo distante da realidade rubro-negra até aqui.
Em campo, o problema do Vitória não é apenas pontuar, mas sustentar vantagens. Nos últimos cinco jogos no Barradão, o time esteve invicto, mas três empates vieram com gols sofridos nos minutos finais. A equipe de Rodrigo Chagas alterna lampejos de intensidade com lapsos de concentração que custam caro. Se o fator casa representa um diferencial, o aproveitamento atual de 52% como mandante é insuficiente para quem precisa quase dobrar a produção no mesmo cenário. Erick, artilheiro da equipe, e o bloqueio defensivo terão de suportar o peso de jogos que tendem a ser nervosos e pouco generosos em margem de erro.
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As consequências da dependência exclusiva do Barradão são evidentes. Conquistar 24 pontos como mandante é uma exigência mais próxima do desejo do que da probabilidade. Historicamente, 43 pontos bastam para escapar, o que exigiria vitórias em casa somadas a algum resgate fora de Salvador. A sequência de confrontos diretos, especialmente diante de Ceará e Mirassol, será determinante para medir a sobrevivência. Se falhar em casa, o Vitória se expõe a um cenário onde cada deslocamento se transforma em sentença.
É preciso reconhecer a força emocional do Barradão, mas o futebol de 2025 já não se sustenta apenas no grito das arquibancadas. O time tem mostrado resiliência, mas falta repertório para jogos grandes. A diretoria insiste no discurso de oito decisões no bairro de Canabrava, mas o torcedor sabe que sobrevivência exige mais do que matemática otimista. O Vitória terá de provar em campo que é capaz de transformar esperança em pontos, sob pena de repetir velhos erros que já custaram caro em sua história recente.
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