Vitória encerra turno com sinais de reação e perigo iminente

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Vitória encerra turno com sinais de reação e perigo iminente

Rubro-negro baiano mantém distância curta do Z-4 após desempenho irregular 

📷 Reprodução: X - ECVitoria

O Vitória fechou o primeiro turno do Brasileiro com números que soam contraditórios: 18 pontos, três vitórias, nove empates e sete derrotas. É a terceira pior marca do clube no formato atual, acima apenas de 2014 e 2024, anos marcados por luta dramática contra o rebaixamento. Fora da zona de descenso por diferença mínima e com jogos a mais que rivais diretos, o time de Fábio Carille encerrou a fase inicial com aproveitamento de 31%, insuficiente para dissipar o alerta de permanência. A vitória mais recente sobre concorrente direto ocorreu ainda no início de julho, e a distância para um segundo turno seguro continua curta.

O aspecto técnico revela uma equipe que encontrou algum equilíbrio defensivo sob Carille, mas permanece refém da baixa conversão de chances e da dependência de bolas paradas para gerar perigo. O excesso de empates — nove em 19 partidas, maior marca da competição — evidencia dificuldade de assumir controle dos jogos, especialmente fora de casa, onde soma cinco igualdades e cinco derrotas. As contratações da segunda janela, como Romarinho e Ramon, mostram lampejos de contribuição, mas ainda não alteraram substancialmente o padrão de jogo. O ataque, com média inferior a um gol por partida, carece de soluções criativas, e a pressão recai sobre Renato Kayzer, artilheiro isolado com cinco gols.

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A consequência prática dessa configuração é um segundo turno que exigirá ao menos seis vitórias para evitar sufoco nas rodadas finais. A tabela reserva confrontos diretos contra Juventude, Vasco e Fortaleza, que tendem a definir o destino do clube. A recuperação como mandante é prioridade: no Barradão, onde o time perdeu apenas duas vezes, a produtividade precisa subir para que o fator casa volte a pesar. Fora dele, qualquer vitória funcionará como bônus crucial, diante de um histórico recente que beira a esterilidade ofensiva. A manutenção na elite dependerá da capacidade de transformar empates em triunfos e de não repetir os lapsos de concentração que custaram pontos valiosos no turno inicial.

A leitura é clara: o Vitória não vive colapso técnico, mas sim um estado crônico de baixa assertividade, que dilui qualquer avanço tático obtido. Carille sabe operar em cenários de pressão, mas terá de acelerar ajustes para que o time abandone a zona limítrofe. Como se diz por aqui, "quem cochila perde a vez" — e, no ritmo atual, o Brasileiro não perdoa hesitações. O clube tem elenco para reagir, mas o prazo para provar isso começa a expirar já nas primeiras rodadas do returno.

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Sexta, 15 Agosto 2025

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