O Barradão voltou a pulsar. Diante de um adversário direto na luta contra o rebaixamento, o Vitória derrotou o Internacional por 1 a 0 e encerrou uma sequência de 14 rodadas dentro do Z-4. O gol de Lucas Halter, na segunda etapa, foi o retrato de um time que soube competir e explorar o que tem de melhor: a bola parada e a entrega coletiva. A vitória levou o Rubro-Negro aos 34 pontos e renovou o ânimo de uma equipe que parecia condenada à queda semanas atrás.

Jair Ventura acertou nas escolhas e mostrou leitura fina do jogo. O Vitória iniciou com uma linha de cinco para travar a circulação colorada e, no segundo tempo, ajustou o meio com a entrada de Dudu, que deu vigor e cobertura. A equipe alternou marcação alta e blocos médios, sustentando o controle emocional diante de um adversário mais técnico. Quando precisou, soube sofrer. Quando teve a chance, foi letal. A eficiência, ausente em outros jogos, finalmente apareceu.

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O resultado recoloca o Vitória em outro patamar psicológico. O time sai do sufoco imediato e volta a depender apenas de si para escapar da degola. A suspensão de Dudu é um problema, mas menor diante da consistência que o grupo começa a mostrar. O desafio agora é sustentar a intensidade e lidar com a pressão crescente das últimas seis rodadas. No domingo, o reencontro com o Botafogo pode consolidar a virada de chave.

Há méritos visíveis na mão de Jair Ventura. O treinador conseguiu resgatar competitividade e identidade em um elenco curto e limitado. O Vitória não encanta, mas reencontrou o que o sustentou em outros tempos: a fibra e a disciplina tática. O triunfo sobre o Inter é mais do que um respiro. É o primeiro sinal de que o Rubro-Negro, se mantiver a fome e o foco, pode transformar o desespero em sobrevida. 

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