14ª Caravana de Direitos Humanos atrai centenas de pessoas em Feira; emissão de RG é serviço mais procurado
Caravana desembarca no bairro Conceição, nesta quarta-feira (6). Atendimentos serão realizados na sede do Coletivo Bahia pela Paz
Centenas de pessoas compareceram, nesta segunda (4) e terça-feira (5) à sede do coletivo Bahia pela Paz, no bairro Mangabeira, em busca dos serviços ofertados pela 14ª Caravana de Direitos Humanos, promovida pelo Governo do Estado, em parceria com o município. A partir desta quarta-feira (6), a caravana desembarca no coletivo do bairro Conceição, onde ficará até quinta-feira (7).
Entre os serviços mais procurados por quem busca atendimento na caravana está o de emissão de RG. Segundo os organizadores, somente em um turno são feitas mais de 60 solicitações. Foi o caso de Edson Souza, que foi até o local para solicitar a 2ª via da Certidão de Casamento e RG para a filha.
Durante a ação, a população poderá tirar Passe Livre Intermunicipal; 2ª via de certidões; Carteira de Identidade Nacional (novo RG); Título de Eleitor; CIPTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Espectro Autista); além de conseguir orientações jurídicas; acordo de alimentos; reconhecimento espontâneo de paternidade e exame de DNA; consultas sobre benefícios previdenciários como aposentadoria, salário maternidade, entre outros.
A coordenadora da ação, Ana Claudia Bastos, explicou como estão divididos os atendimentos durante os dias da ação.
"Ontem restringimos os atendimentos aos assistidos pela Bahia pela Paz, e hoje abrimos para o público em geral na Mangabeira. Amanhã também será restrito aos atendidos pelo programa, e na quinda, dia 7, será aberto para todas as pessoas. Muitos vêm em busca de emissão de certidão, carteira de identidade e acabam encontrando outros serviços também como a emissão do passe livre para pessoas com deficiência; a carteirinha para pessoas com espectro autista; renegociação de dívidas com o Procon; o Ministério Público está ofertando teste de DNA para reconhecimento de paternidade e alteração de nome; há emissão de certidões no INSS; averiguação de processos com o TJ, além de outros serviços que têm tido muita procura, como emissão de títulos pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral)", explicou Ana Claudia Bastos.
No total, são 16 profissionais diretos e mais 20 parceiros que estão juntos na caravana. Juliana Carmo, coordenadora do Coletivo Bahia pela Paz do bairro Mangabeira, esclareceu que o projeto dos Coletivos Bahia pela Paz atende adolescentes e jovens de 12 a 29 anos e suas famílias, em situação de vulnerabilidade social e econômica.
"Esses coletivos são formados por uma equipe de assistentes sociais e psicólogos, que dão todo o acolhimento e acompanhamento psicossocial, e temos a formação político-cidadã, que são formações, rodas de conversas, atividades, que fazem com que essas famílias tenham acesso aos seus direitos e mais autonomia para buscar serviços. Trabalhamos com acesso à informação, mas também com encaminhamentos e fortalecimento da rede que já existe no município, então nosso trabalho ocorre no sentido de atender a juventude e suas famílias, e fortalecer e articular os serviços, como associações, escolas e lideranças comunitárias."
Para ela, a caravana é a concretização do acesso a serviços pela população em um lugar de fácil acesso. "A gente recebe aqui questões como falta do RG, de saúde mental, situação de vulnerabilidade, insegurança alimentar, procura por empregabilidade e o coletivo acaba atendendo todo esse mix de demandas e questões sociais que existe na nossa comunidade."
Frank Ribeiro, coordenador geral dos coletivos Bahia pela Paz no interior do estado, destacou o projeto fortalece o entendimento da segurança pública, que é de garantir o acesso aos direitos.
"No interior do estado, esses foram os dois primeiros coletivos. Mas a partir de setembro, haverá também nas cidades de Jequié e Valença. E a partir do ano que vem, será inaugurado um em Santo Antônio de Jesus, totalizando 8 coletivos no interior do estado. Onde houver coletivos do Bahia pela Paz, haverá ações da Caravana de Direitos Humanos, com o mix de serviços que o estado oferece, mas também dialogando com o município para efetivar a cidadania das pessoas, não apenas com a emissão de documentos, mas também com a formação de direitos humanos, e assim vamos aumentando essa ciranda na nossa cidade. "
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