Alta nos preços de verduras e legumes assusta comerciantes e consumidores feirenses

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Alta nos preços de verduras e legumes assusta comerciantes e consumidores feirenses

Dentre as verduras, o que mais assusta é o preço do tomate 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE

O caos causado pelas fortes chuvas que atingiram as cidades da Bahia castigaram também os produtores rurais. Com várias estradas bloqueadas e lavouras inundadas, safras inteiras foram perdidas. E quem foi ao Centro de Abastecimento nas últimas semanas, sentiu o reflexo das perdas nos preços das verduras e dos legumes.

O comerciante Michael Pinto contou à reportagem do Jornal Folha do Estado que alguns dos valores estão o dobro mais caros que o registrado no mesmo período em 2021, assim, fazendo com que o consumidor abra mão de alguns dos produtos. "As vendas estão muito fracas por conta dos valores das verduras que estão acima da média", reclamou.

Dentre as verduras, o que mais assusta é o preço do tomate. "O quilo está na média de R$ 8,00 á R$ 12,00. E em janeiro de 2021, ele estava na média de R$ 3,00. Ou seja, quem vem comprar sofre um impacto e acaba desistindo da compra", relatou Michel Pinto.

O tomate é um dos itens básicos da alimentação, como cebola e pimentão, que também tiveram reajuste. "A cebola que estava numa média de R$ 1,00 em janeiro de 2021, agora está em torno de R$ 7,00. O pimentão era vendido a R$ 4,00 e atualmente gira em torno de R$ 6,50 o preço do quilo", disse o vendedor.

Rosineide Sacramento também tem um box no Centro de Abastecimento e além de reclamar da alta dos preços, ela afirma que encontrar os legumes tem sido uma dos maiores desafios. "As vendas estão fracas, as mercadorias subiram e muita gente não tá tendo como comprar. Uma caixa de tomate de R$ 60,00 está de R$ 180,00 agora. Mas o pior mesmo, é quando temos o dinheiro para comprar e não achamos mercadorias porque está chovendo demais nas lavouras", lamentou.

O consumidor por sua vez, também tem suas reclamações. Ana Paula tem um tabuleiro de acarajé na cidade, e precisa dos itens para venda da especiaria baiana. O aumento é um absurdo. Está tudo caro, o tomate de R$ 10,00 fica muito complicado para mim. Eu vendo acarajé e não tem como repassar para o cliente, esse aumento todo. Acaba que eu saio no prejuízo", reclamou.

NORMALIDADE

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, tranquiliza os consumidores, afirmando que, mesmo com as cidades ainda em situação de emergência por causa das enchentes que atingiram as plantações, não há chance de desabastecimento dos produtos na Bahia. E, aos poucos, os preços devem cair. "A possibilidade de desabastecimento não existe. A população pode ficar tranquila que não vai haver desabastecimento e a variação de preço não vai interferir na cesta básica e na inflação. É coisa pontual e passageira. A produção vai ser estabilizada e em poucos dias o preço deve voltar à normalidade", pontuou o gestor.

 

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Quinta, 25 Abril 2024

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