Cesta básica em Feira de Santana encerra 2023 com alta de 1,97% em relação a 2022

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Cesta básica em Feira de Santana encerra 2023 com alta de 1,97% em relação a 2022

Para o mês de dezembro, alta foi de 4,86% em comparação a novembro 

Crédito: Divulgação

O valor dos produtos da cesta básica, definida pelo Decreto-Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 527,35 no mês de dezembro de 2023, em Feira de Santana. Este valor representou um aumento de 4,86% em comparação com o mês de novembro.

No acumulado do ano (janeiro a dezembro) a elevação da cesta foi de 1,97%, valor inferior ao captado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que fechou o ano de 2023 com alta de 4,72%. Segundo pesquisa do Programa 'Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos', da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), houve forte desaceleração do custo da cesta básica em 2023, comparativamente ao registrado no ano de 2022, quando a cesta acumulou um aumento de 10,97%.

À exceção da queda no preço do café (-0,96%), todos os produtos da cesta sofreram aumento nos seus preços médios em dezembro. As maiores elevações foram nos preços médios da banana-prata (19,39%), do feijão (14,96%), do arroz (8,74%) e do açúcar (7,06%).

No último trimestre (outubro/novembro/dezembro), a cesta básica em Feira de Santana registrou aumento de 1,77%. A banana-prata foi o produto que apresentou a maior alta (38,67%), seguido pelo arroz (16,33%). No ano, a cesta teve um aumento de 1,97% elevando seu valor de R$ 517,17 em dezembro 2022 para R$ 527,35 em dezembro de 2023. 

A despeito desse aumento, o comportamento dos preços em 2023 foi bem mais moderado do que o observado em 2022, quando a cesta registrou elevação de 10,97%. O arroz e a banana-prata foram os produtos que mais contribuíram para a elevação do custo da cesta em 2023, cujos preços ascenderam 30,64% e 28,31%, respectivamente. Destacam-se também as elevações nos preços do pão (11,90%), do açúcar (9,64%) e da farinha de mandioca (8,26%). Os produtos que tiveram redução em seus preços em 2023 foram o óleo de soja (-27,37%), a carne (-13,58%) e o leite (-10,24%), o feijão (-8,99%) e o café (-4,52%).

Com relação ao comportamento dos preços da cesta básica em Feira de Santana nos últimos doze meses, ao longo desse tempo, houve períodos de elevação e redução dos preços médios, com predominância de queda, particularmente entre junho e outubro, resultando em tendência descendente no valor da cesta, expressa pela linha vermelha.

O almoço convencional do feirense, composto por arroz, feijão, carne e farinha, respondeu por 36,47% do valor da cesta básica em dezembro (em novembro, o percentual calculado também foi bastante próximo (36,84%). Já o custo do café da manhã, constituído de pão, manteiga, café, leite e açúcar, absorveu 35,66% do orçamento com a alimentação básica, participação inferior à do mês de novembro (36,68%). Os itens individuais de maior peso na cesta foram a carne (21,90%), o pão (16,79%) e o tomate (13,93%), enquanto os itens com menor participação foram o açúcar (2,59%), o café (1,76%) e óleo (1,25%).

Quando contraposto ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 43,19% do ganho do trabalhador de Feira de Santana em dezembro de 2023. Esse percentual foi 2 pontos percentuais superior ao mês anterior, quando ficou em 41,19%, condizente com a variação do custo da cesta básica observada no mês. Já em dezembro de 2022, a participação da cesta em relação ao salário mínimo foi de 46,13%. Ou seja, apesar da elevação de 1,97% no valor cesta em 2023, o trabalhador que ganhou o piso mínimo nacional despendeu 2,94 pontos percentuais a menos de seu rendimento para adquirir os mesmos produtos, representando um ganho de cerca de 6% no poder de compra do salário mínimo em relação ao custo da cesta básica em dezembro 2022.

Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio de 95 horas e 1 minuto. Foram 4 horas e 35 minutos a mais de tempo de trabalho gasto para esse fim que o observado no mês de novembro.

 

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