Em palestra, Cortella diz que trabalho coletivo precisa voltar a evidência

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Em palestra, Cortella diz que trabalho coletivo precisa voltar a evidência

Mário Sérgio Cortella palestrou em comemoração ao primeiro ano de atuação em Feira de Santana do Sicredi Centro-Sul MS/BA 

Foto: Cristiano Alves/ Folha do Estado

No cenário atual em que o individualismo está cada vez mais em evidência, deve se ter um tempo para se refletir sobre a necessidade do coletivo, como ponto relevante para líderes e empreendedores que enfrentam um ambiente de constantes e rápidas transformações. Foi com este propósito que o renomado filósofo e professor Mario Sérgio Cortella esteve em Feira de Santana na noite de ontem (23) ministrando uma palestra em comemoração ao primeiro ano de atuação em Feira de Santana do Sicredi Centro-Sul MS/BA.

A celebração reuniu associados, autoridades e convidados para uma palestra inspiradora com Mário Sérgio Cortella, um dos pensadores mais influentes do país, e marcou também um gesto de solidariedade com instituições locais. Ele apresentou "Cenários turbulentos, mudanças velozes", onde trouxe à tona questões fundamentais para líderes e empreendedores do varejo que enfrentam um ambiente de constantes e rápidas transformações.

Ao longo de sua palestra, o filósofo destacou a relevância da gestão do conhecimento como ferramenta essencial para navegar por esse cenário imprevisível. Ele lembrou que, em um mercado sonoro, o conhecimento não deve apenas ser adquirido, mas também sistematizado e compartilhado dentro das organizações.

"Atualmente estamos vendo muito esta história de 'primeiro eu e o resto que se dane'. Isto dentro do universo coorporativo e colaborativo não cabe, assim como não cabe a ideia de que se sabe tudo, que não se precisa ouvir ninguém", afirmou. "O conhecimento só tem valor quando é colocado na prática. Empresas que mantêm um ambiente de aprendizagem contínua estão mais preparadas para lidar com incertezas", complementou o palestrante.

Foto: Cristiano Alves/ Folha do Estado

No contexto atual, o pensador reforçou a ideia de que, em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a capacidade de adaptação e resiliência tornou-se uma das habilidades mais valiosas para gestores e empresários. O professor também destacou que as mudanças tecnológicas e sociais trazem um grande desafio: a obsolescência do conhecimento. Ou seja, a busca constante por atualização é imperativa para líderes que desejam se manter competitivos no mercado.

MUDANÇAS NÃO SÃO AMEAÇAS

Outro ponto relevante trazido por Cortella foi a necessidade de ver as mudanças não como ameaças, mas como oportunidades. Ele frequentemente enfatiza que momentos de crise e transformação abrem espaço para a inovação e o crescimento. As empresas que conseguem se reinventar e adotar novas práticas são mais aptas a prosperar em tempos de incerteza. "Mudança não é ruptura, é continuação. Quem não entende isso, fica para trás", afirmou o pensador em uma de suas reflexões.

Em sua análise, Cortella trouxe a ideia de que a incerteza é uma constante no ambiente empresarial moderno. Ele alertou para o perigo de tentar eliminar totalmente os riscos em um cenário tão volátil. "O erro não é parte do fracasso, mas parte do processo". Ele que ainda completou: "competência, como eu costumo dizer, não é o que você sabe, mas o que você faz com o que sabe".

O filósofo reforçou que, em um cenário como o atual, é fundamental que as empresas desenvolvam um ambiente que promova o aprendizado contínuo, o desenvolvimento das pessoas e a inovação.

 

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Sexta, 12 Dezembro 2025

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