Em simpósio sobre licuri, SEAGRI busca novas tecnologias para produção no campo
O novo potencial pode ajudar Feira de Santana como uma alternativa para produção
O secretário municipal de Agricultura de Feira de Santana, Pedro Américo, participou na última terça-feira (19) do III Simpósio da Cadeia Produtiva do Licuri, realizado em Salvador, visando buscar tecnologias que possam agregar em Feira de Santana com oportunidades novas, lucrativas e sustentáveis.
O projeto "Cadeia Produtiva do Licuri MCTI: Inovação Sustentável para Bioeconomia da Caatinga" contempla o desenvolvimento de pesquisas com o óleo da amêndoa do licuri e o resíduo do seu processamento com atividades para agregar valor e desenvolver produtos avaliando no óleo e suas formulações parâmetros físico-químicos e estabilidade, toxicidade e citotoxicidade, e atividades antiviral, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária, anti-inflamatória e antitumoral, assim como avaliar o potencial nutricional no resíduo do processamento da amêndoa.
Pesquisas recentes comprovam que o óleo de licuri possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, e cicatrizantes, devido à alta concentração de ácido láurico, mostrando-se um produto com alta funcionalidade para além dos fins alimentares, como por exemplo, para produção de cosméticos e farmacológicos.
Para o secretário de Agricultura, este novo potencial pode ajudar Feira de Santana como uma alternativa para produção no campo.
"Neste ano, tivemos diversas perdas de milho e feijão, estamos inclusive reavaliando a vistoria no Garantia Safra. Contudo, não se pode trabalhar só resolvendo problemas, estamos recalculando rotas e buscando novas estratégias para que o produtor tenha mais de uma cadeia produtiva para trabalhar e um novo motor para geração de renda", afirmou.
A Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), apoiada pelo projeto, por exemplo, possui 200 cooperados - sendo 120 mulheres de 30 comunidades. As cidades da Bacia do Jacuípe, região em que a cooperativa está localizada, têm uma média de produção de 200 toneladas de licuri por ano.
O projeto "Cadeia Produtiva do Licuri MCTI: Inovação Sustentável para Bioeconomia da Caatinga" faz parte do programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia MCTI e é liderado pelo Núcleo de Bioprospecção da Caatinga do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Pernambuco (NBIOCAAT/UFPE) em parceria com o Laboratório Nacional de Biociências do MCTI (LNBIO/CNPEM), a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Projeto Bem Diverso da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES).
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