Em três meses, inflação em Feira de Santana registra mais que dobro da previsão anual do Governo Federal

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Em três meses, inflação em Feira de Santana registra mais que dobro da previsão anual do Governo Federal

O Jornal Folha do Estado realizou uma pesquisa para  registrar os preços na cidade 

Crédito: Bruno Oliveira/FE

Depois do registro da inflação de 2021, quando os dados levantados pelo IBGE indicaram aumento de mais de 10% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), uma das mais altas em 26 anos. A reportagem do Jornal Folha do Estado da Bahia realizou uma pesquisa de campo no dia 8 de fevereiro na maior rede de supermercado da cidade e num estabelecimento misto de atacado e varejo, conhecidos como "atacadões", para fazer um levantamento de preços de diversos itens de alimentação que compõem a mesa dos feirenses. Além de outros, que serão objetos de uma próxima reportagem.

Na edição desta quinta-feira (12), serão apresentados os itens de alimentação de primeira necessidade. No dia 5 deste mês de maio - portanto, três meses decorridos da primeira pesquisa - utilizando os mesmos critérios da coleta anterior, obedecendo os mesmos estabelecimentos e as mesmas marcas dos produtos, encontrou-se uma realidade diferente da apresentada pelo instituto.

Os 28 produtos elencados na primeira pesquisa tiveram um custo de compra de R$ 223,35 (duzentos e vinte e três reais e trinta e cinco centavos), e os registrados no levantamento do dia 5 de maio, o valor foi de R$ 239,33 (duzentos e trinta e nove reais e trinta e três centavos). Alcançando no período uma inflação de 7.2%. Mais que o dobro da apresentada pelo IBGE nos mesmos meses, que representa 3.69%. 

Veja abaixo a lista:

Crédito: Adriele Mercês/ FE
Crédito: Adriele Mercês/ FE

Ao analisar os dados, percebe-se que, se o Governo, através da área econômica não tiver capacidade de frear essa escalada, numa conta empírica, se em um trimestre, a inflação chegou a 7,2%, teremos 28,8% ao final de um ano. O fato preocupante é que, a meta para a inflação de 2022, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é para 3,5%, com limite de mais 1,5%, limite máximo que pode chegar a 5%.

A estimativa do CMN já está ultrapassada, levando-se em conta que a inflação registrada nos índices do IBGE, em fevereiro foi de 1.01%, março 1.62% e abril 1.06%, totalizando 3.69% só nesses 3 meses do ano. É importante fazer o registro de que a inflação por conta da pandemia não é apenas um mal brasileiro, mas, tem se apresentado fora da normalidade em muitos países do mundo. No entanto, a situação brasileira é a mais grave, o índice de 12,13% registrado em abril é a maior inflação do mundo, e somente uma nação, a Turquia apresentou de igual forma, uma inflação de dois dígitos, um pouco mais de 10%, ocupando o segundo lugar. As outras cerca de 200 nações do mundo estão muito abaixo desse percentual. 

 

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Sábado, 18 Mai 2024

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