Encontro de Revendedores em Feira debate desafios do setor de combustíveis e combate ao crime organizado
O evento é promovido pelo Sindicombustíveis Bahia e integra o Ciclo de Encontros Regionais de Revendedores de Combustíveis da Bahia
Nesta quinta-feira (30), foi realizado no Centro de Convenções de Feira de Santana, o Encontro de Revendedores de Combustíveis da Bahia. O evento é promovido pelo Sindicombustíveis Bahia e integra o Ciclo de Encontros Regionais de Revendedores de Combustíveis da Bahia, com a presença de empresários, autoridades e representantes de órgãos estaduais e federais.
Presente na abertura do evento, o governador do estado, Jerônimo Rodrigues, foi homenageado com o troféu "Amigo da Revenda" e destacou em seu discurso a importância do diálogo entre as esferas governamentais e o setor, para construir uma agenda favorável de desenvolvimento diante dos desafios para 2026."Dada a importância deste segmento, o Sindicombustíveis realiza estes encontros periodicamente, e ano passado fizemos na Linha Verde, onde tem exposições de tecnologia, inovações, com os trabalhadores, os frentistas, para poderem fazer um encontro com pautas do interesse deles e que também são de interesse nosso, porque a quantidade de empregos gerados nos postos e lojas de conveniências são muitos. Então minha presença aqui hoje foi para ouvir quais são as demandas, o que a gente precisa aperfeiçoar enquanto governo e trazer também a questão da segurança pública, devido ao crime organizado, que tem se utilizado dessa cadeia produtiva, que são os postos de gasolina", abordou o governador.
Ainda de acordo com Jerônimo, o governo federal também tem trabalhado para fortalecer o setor de combustíveis no país, e especificamente na Bahia e Sergipe, com a recuperação da Refinaria de Petróleo.
"Nossa refinaria, que é hoje é a Acelen, acabou tendo um prejuízo por conta do antigo governo federal ter privatizado. Foi a primeira refinaria e acabou perdendo o controle sobre o mercado, preço e distribuição, mas está sendo retomada. Tem um sigilo por conta do setor empresarial e o governo federal. Mas espero que a gente possa encontrar uma saída até para fortalecer a agenda com os postos de gasolina", informou.
Segundo o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, o evento contou com 30 expositores. Ele parabenizou o apoio dado pelo governo do estado e ressaltou a necessidade de fortelecer a fiscalização dos postos para aumentar a qualidade do produto comercializado.
"Para ser empresário neste país precisa ter coragem e determinação, mas estamos otimistas e pedimos ao governador Jerônimo e ao deputado federal Zé Neto que olhem com carinho para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que está sem recursos para fiscalizar os postos de combustíveis. Tínhamos há 4 anos combustíveis de nível internacional de qualidade, mas perdemos essa condição e temos que recuperar, mas sem orçamento a ANP não vai conseguir fazer isso."
Por outro lado, a chefe do núcleo regional de abastecimento da ANP, com sede em Salvador, e responsável por todo o Nordeste, Ilena Sales, elencou as ações que o órgão nacional tem feito para alavancar a prestação do serviço na Bahia, como em todo o Brasil.
"O comércio em Feira, como em qualquer outra parte do país, deve ser monitorado, como tem sido feito. E consideramos muito eficaz a cooperação com outros órgãos, como a Secretaria da Fazenda, o Ministério Público, as polícias, para efetivação dessa fiscalização. De forma geral, nós buscamos sempre ter um foco em qualidade. E há uma sofisticação nas irregularidades, na adulteração de combustíveis e a metrologia, e a ANP vem buscando também sofisticar a sua atuação através de equipamentos mais modernos. Conta ainda com a expertise de outros órgãos metrológicos para ajudar também na parte da quantidade."
Proprietário de uma rede de postos na Bahia, o empresário Nelson Sena, citou que um dos maiores desafios enfrentados no ramo é a concorrência desleal.
"A questão da competitividade interfere muito e situações absurdas. O empresário precisa entender que a competição tem que ser no atendimento, um posto confortável, que tem uma visibilidade de logística e todo um atendimento ao público. A clandestinidade também é um desafio, e isso é um dever do estado de fiscalizar essa área para que não aconteça. Precisamos fazer um trabalho em cima do consumidor, mostrando toda a transparência possível, e ofertar um produto que não cause estragos."  
 
		 
		 
		 
											 
				 
				 
				 
				
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