Sábado (8) é dia "D" de mobilização nacional contra a dengue. Em Feira de Santana haverá uma ação de Bota Fora no bairro Cidade Nova, das 8h ao meio-dia. Esta é uma das áreas no município cujo Índice de Infestação para o aedes aegypti está acima de 1% - o que para o Ministério da Saúde é considerado risco médio para proliferação do mosquito.

A iniciativa será realizada pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos. Neste dia, os moradores poderão colocar em frente às suas casas materiais inservíveis, como móveis velhos, eletrodomésticos quebrados, garrafas, pneus e outros objetos dos quais queiram se desfazer. O objetivo é eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

A coordenadora do Centro de Controle de Endemias, Priscilla Soares, destaca a importância da participação da população na mobilização. "Cada morador pode fazer sua parte para evitar a proliferação do mosquito. São simples atitudes que fazem a diferença", ressalta.

📱 Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Ela reforça que os cuidados devem ser redobrados neste período de aproximação do verão. "É uma época em que as altas temperaturas e as chuvas esporádicas criam condições favoráveis para o mosquito se multiplicar. Por isso, é fundamental manter o quintal limpo e não deixar água acumulada", orienta.

REDUÇÃO DE CASOS

De janeiro até o dia 29 de outubro, Feira de Santana contabilizou 193 casos confirmados de dengue, dos quais 32 apresentaram sinais de alarme e um evoluiu para forma grave. Houve um óbito confirmado pela doença neste ano. Em comparação ao ano passado houve queda expressiva - foram 16.939 notificações e 7.034 casos confirmados até outubro.

A chefe da Divisão de Controle Epidemiológico, Verena Leal, frisa que, embora o município tenha apresentado avanços significativos no último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 14 e 20 de setembro, as ações de vigilância em saúde devem ser mantidas.

"O resultado foi bastante positivo e mostra o esforço conjunto entre o poder público e a comunidade. No entanto, não podemos relaxar — a prevenção precisa ser contínua para evitar o aumento dos casos", afirma.

De acordo com o levantamento, apenas 1,8% dos quase 19 mil imóveis vistoriados pelos agentes de combate às endemias apresentaram focos do mosquito — um índice considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. A classificação nacional estabelece que resultados abaixo de 1% representam baixo risco, entre 1% e 3,9% indicam médio risco, e igual ou superior a 4% configuram alto risco de infestação.