Fiéis enfrentam tempo chuvoso e mantêm tradição do Corpus Christi

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Fiéis enfrentam tempo chuvoso e mantêm tradição do Corpus Christi

A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa

Crédito: Mário Sepúlveda/FE
Nem mesmo o tempo chuvoso, em Feira de Santana, foi empecilho para que centenas de pessoas fossem às ruas na última quinta-feira (8), participar das celebrações referentes ao Corpus Christi. Os fiéis enfrentaram a chuva e o frio para participarem da festividade, cujo ponto alto é a eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.

A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-Feira Santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia. Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão, onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

Um dos pontos mais tradicionais da festa é a confecção dos tapetes, uma prática surgida em Portugal posteriormente difundida no Brasil durante o período colonizatório. Consiste a confecção de representações de cenas bíblicas, objetos devocionais ou simples temas ornamentais sobre as ruas em que a procissão da Eucaristia passará, o de mais costume, são desenhos que fazem alusão à figura de Cristo do pão do cálice. O material utilizado para a fabricação é composto por serragem e sal coloridos, empregam nos dias atuais uma gama de materiais, tais como borra de café, areia, flores, farinhas, dentre outros.

Para manter esta tradição, nem mesmo o frio empatou diverso grupos de se concentrarem ainda na madrugada em ruas como a Conselheiro Franco, Tertuliano Carneiro, Praça J. Pedreira, Senhor dos Passos e Monsenhor Mário Pessoa, para confeccionarem os tapetes. Quem não estava ajudando diretamente foi observar a movimentação, como foi o caso do aposentado Carlos Moreira, que não perde a festa há mais de 15 anos. "Não posso mais estar me abaixando para ajudar por conta da coluna, mas não deixo de vir porque além de encontrar amigos, eu tenho oportunidade de ouvir ensinamentos sobre tudo aquilo que Deus nos deixou", afirmou.

O arcebispo metropolitano, Dom Zanoni Demettino Castro informou que mais de mil comunidades compõem a Igreja Católica, em Feira de Santana. "Se trata de uma forte participação popular e a prova disso é que vemos muitas pessoas vindo participar independente do tempo chuvoso, num sinal de grande fé e devoção. As ruas ficam mais bonitas com o colorido dos tapetes, que representam o corpo de Cristo, lembram a eucaristia, um importante sacramento que ele nos deixou", comentou. 

 

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Sexta, 03 Mai 2024

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