FLIFS 2025 inicia com adesão do público e participação da escritora Ana Maria Machado
A escritora também refletiu sobre os desafios de despertar o interesse pela leitura entre crianças e adolescentes.
Foto: Amaury Jr./ Folha do Estado
Agência Brasil - A 18ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (FLIFS) teve início hoje (23), com programação que se estende até o próximo domingo (28), na Praça Padre Ovídio, no centro da cidade. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne atividades voltadas para literatura, música, teatro e tradições populares.
Entre os destaques do primeiro dia esteve a participação da escritora Ana Maria Machado, autora de mais de 100 livros publicados no Brasil e no exterior, considerada uma das principais vozes da literatura nacional. A atividade aconteceu no Teatro do Centro Cultural Sesc Feira de Santana e reuniu grande público.
"Estou muito feliz em estar aqui em Feira, de ter sido convidada, muito feliz de ver que vocês estão fazendo isso pelo 18º ano consecutivo e isso é uma coisa que só se consegue com a parceria de muitos setores diferentes, da universidade de diversas instituições que apoiam, do sistema de vale livros que leva isso a adiante. A gente sabe que isso é uma soma de esforços que para ter continuidade tem que ter dedicação de muita gente", diz.
A escritora também refletiu sobre os desafios de despertar o interesse pela leitura entre crianças e adolescentes.
"Deter o interesse da criança de do adolescente na literatura não é um problema, o importante é que o interesse seja despertado. Quando começam a ler, se interessa pelo livro, como qualquer pessoa que se interessa e vai até o fim, mesmo que a cada dia um pouquinho, cada um no seu ritmo. A questão toda é propiciar esse encontro do leitor com o livro. Os pais dão um exemplo lendo, mas a escola também é muito importante nisso, hoje em dia vai tendo cada vez menos espaço para livros na escola e isso também afeta. Os professores também estão lendo muito pouco, a formação dos professores não inclui contato com o livro de prazer. É muito complexo tudo isso porque está havendo um afastamento do livro, acho que está ligado a uma busca de certezas que o tempo atual quer ter e os livros vão mostrando que as coisas não são bem assim".
Entre os destaques do primeiro dia esteve a participação da escritora Ana Maria Machado, autora de mais de 100 livros publicados no Brasil e no exterior, considerada uma das principais vozes da literatura nacional. A atividade aconteceu no Teatro do Centro Cultural Sesc Feira de Santana e reuniu grande público.
"Estou muito feliz em estar aqui em Feira, de ter sido convidada, muito feliz de ver que vocês estão fazendo isso pelo 18º ano consecutivo e isso é uma coisa que só se consegue com a parceria de muitos setores diferentes, da universidade de diversas instituições que apoiam, do sistema de vale livros que leva isso a adiante. A gente sabe que isso é uma soma de esforços que para ter continuidade tem que ter dedicação de muita gente", diz.
A escritora também refletiu sobre os desafios de despertar o interesse pela leitura entre crianças e adolescentes.
"Deter o interesse da criança de do adolescente na literatura não é um problema, o importante é que o interesse seja despertado. Quando começam a ler, se interessa pelo livro, como qualquer pessoa que se interessa e vai até o fim, mesmo que a cada dia um pouquinho, cada um no seu ritmo. A questão toda é propiciar esse encontro do leitor com o livro. Os pais dão um exemplo lendo, mas a escola também é muito importante nisso, hoje em dia vai tendo cada vez menos espaço para livros na escola e isso também afeta. Os professores também estão lendo muito pouco, a formação dos professores não inclui contato com o livro de prazer. É muito complexo tudo isso porque está havendo um afastamento do livro, acho que está ligado a uma busca de certezas que o tempo atual quer ter e os livros vão mostrando que as coisas não são bem assim".
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A vice-reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Rita Beda, lembrou a trajetória da FLIFS desde sua criação e ressaltou a importância do festival que foi o primeiro da Bahia.
"O SESC sempre foi um parceiro desde a primeira edição. A Uefs conta com outros parceiros como o NTE, Seduc, Diocese, agora contamos também com IFBA, UFRB entre outros. Hoje dissemos que é um evento consolidado, um evento que já tem a sua marca, sua referência, sua influência no processo de formação não só dos leitores, mas também na constituição de outros festivais e festas literárias, temos isso na nossa trajetória. Entretanto, é importante dizer que não é fácil fazer um evento desse. Para quem está de fora pode dizer que já tem 18 anos e já sabe todos os caminhos, mas cada ano a gente busca se esmerar ainda mais, para trazer uma programação que pode envolver jovens, crianças e adultos. O nosso festival é o 1º da Bahia e nasce com o propósito muito grande que é democratizar o acesso à leitura, literatura e diversas práticas culturais".
Já para Conceição Silva, analista de Cultura do Sesc Bahia, a iniciativa amplia a conexão entre literatura e cotidiano.
"A gente acredita que a literatura faz parte da vida das pessoas, as narrativas fazem parte da vida das pessoas, então trabalhar com literatura é também trabalhar com o dia a dia, considerando as várias vozes, não apenas as vozes canônicas. O Sesc já trabalha com isso sistematicamente, desde a década de 90 quando realizava a feira de livros infantis e isso foi acompanhando. Participar da Flifs já era um caminho natural e foi de muita complexidade, de cumplicidade, porque a universidade investe muito em literatura e em leitura. Feira de Santana dá sinais de que quer literatura e artes. A cada ano cresce o número de pessoas circulando pelo Festival, nesse primeiro dia a praça e o teatro já ficaram lotados e com muitas atividades simultâneas e com público presente e ativo", diz
A vice-reitora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Rita Beda, lembrou a trajetória da FLIFS desde sua criação e ressaltou a importância do festival que foi o primeiro da Bahia.
"O SESC sempre foi um parceiro desde a primeira edição. A Uefs conta com outros parceiros como o NTE, Seduc, Diocese, agora contamos também com IFBA, UFRB entre outros. Hoje dissemos que é um evento consolidado, um evento que já tem a sua marca, sua referência, sua influência no processo de formação não só dos leitores, mas também na constituição de outros festivais e festas literárias, temos isso na nossa trajetória. Entretanto, é importante dizer que não é fácil fazer um evento desse. Para quem está de fora pode dizer que já tem 18 anos e já sabe todos os caminhos, mas cada ano a gente busca se esmerar ainda mais, para trazer uma programação que pode envolver jovens, crianças e adultos. O nosso festival é o 1º da Bahia e nasce com o propósito muito grande que é democratizar o acesso à leitura, literatura e diversas práticas culturais".
Já para Conceição Silva, analista de Cultura do Sesc Bahia, a iniciativa amplia a conexão entre literatura e cotidiano.
"A gente acredita que a literatura faz parte da vida das pessoas, as narrativas fazem parte da vida das pessoas, então trabalhar com literatura é também trabalhar com o dia a dia, considerando as várias vozes, não apenas as vozes canônicas. O Sesc já trabalha com isso sistematicamente, desde a década de 90 quando realizava a feira de livros infantis e isso foi acompanhando. Participar da Flifs já era um caminho natural e foi de muita complexidade, de cumplicidade, porque a universidade investe muito em literatura e em leitura. Feira de Santana dá sinais de que quer literatura e artes. A cada ano cresce o número de pessoas circulando pelo Festival, nesse primeiro dia a praça e o teatro já ficaram lotados e com muitas atividades simultâneas e com público presente e ativo", diz
Este ano presta tributo ao poeta e compositor baiano Carlos Pitta.
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