Em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quinta-feira (25), a Casa do Trabalhador de Feira de Santana realizou um mutirão de vagas de empregos para pessoas com deficiência (PCD). Dez empresas participantes ofertaram juntas cerca de 300 vagas em diversas áreas, como indústria, supermercados, restaurantes e outros tipos de serviços. 

Além de oportunizar a entrada no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, a ação buscou fortalecer junto às empresas a cultura da inclusão social. E para garantir a acessibilidade de todos os candidatos às vagas, a Casa do Trabalhador também disponibilizou um intérprete de libras para candidtos surdos durante as entrevistas e orientações. 

Sérgio Souza acompanhou o filho Levi Silas, que possui o espectro autista, para tentar conseguir uma oportunidade de trabalho. "Estou nessa luta junto com ele, para que tenhamos esse êxito, pois é o primeiro emprego dele. E agradeço pela realização desse mutirão para pessoas com alguma especialidade."

Após a entrevista, Levi Silas manteve a atitude positiva de que será contemplado com uma vaga. "Estou otimista, pois sou qualificado para a área do repositor, e vou conseguir sair com minha carteira assinada", afirmou.

O candidato Rodrigo Lima também estava confiante de que irá se inserir no mercado de trabalho. Ele espera trabalhar durante o dia para conseguir realizar um curso universitário à noite. "Quero ir para a faculdade e fazer o curso de publicidade", contou.

De acordo com o diretor da Casa do Trabalhador, Magno Felzemburgh, cada candidato teve a chance de realizar até três entrevistas no mutirão. Ele comemorou o sucesso da ação, que faz parte de uma mobilização nacional.

"A maior vantagem desta mobilização é a inclusão social das pessoas com deficiência. Existe uma lei que obriga as empresas a contratarem PCD, a depender da quantidade de funcionários que possui. Para além disso, o cliente se sente mais acolhido no ambiente daquela empresa que realiza a inclusão e está fazendo o seu papel. Isso agrega também com os outros funcionários." 

"As entrevistas foram excelentes, já teve um que aprovei e vou liberar para exame admissional. Outros estamos analisando, alguns por conta de perfis comportamentais não sabemos se irão se adequar à política da empresa, mas até então tivemos boas referências e acho que vamos conseguir aprovar mais pessoas. O perfil que estamos procurando é de pessoas com comprometimento, que queiram trabalhar. Para algumas vagas não precisa de experiência." 

A analista de RH da Pró-Linhas, Jamile Casaes, explicou que a empresa está de portas abertas para ampliar seu quadro de colaboradores. "A ação está sendo fundamental para aumentar o leque de possibilidades e incluir mais pessoas com deficiência no time. Algumas estão em busca do primeiro emprego, e essa é a chance de abrir portas para elas".