Palestra aborda sobre o cuidado com pessoas com deficiência e políticas de direitos humanos
O evento foi realizado na sede do Esquadrão de Polícia Montada, em parceria com a Apae de Feira de Santana.
Na manhã desta quarta-feira (9), o Esquadrão de Polícia Montada de Feira de Santana, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), realizaram o 1º Workshop de Equoterapia da PMBA', com o tema "O cuidado com as pessoas com deficiência e as políticas de direitos humanos". O palestrante convidado foi Prof.º Dr. Felipe Freitas, Secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia.
O evento, realizado na sede do Esquadrão de Polícia Montada, contou com a presença de diversos representantes de organizações sociais, estudantes, familiares de crianças assistidas pelo programa da PM, além de policiais militares, profissionais de saúde e gestores governamentais.
Na oportunidade, os convidados também tiveram a oportunidade de conhecer mais a fundo o programa de equoterapia da Polícia Militar, serviço que é prestado de forma gratuita a crianças atípicas e suas famílias.
A enfermeira e professora da Uefs, Ariane Cedraz Moraes, é mãe de João Lucas, uma das crianças assistidas pela equoterapia há 4 anos. Ao Folha do Estado, ela relatou sobre as conquistas alcançadas pelo filho por meio da equoterapia.
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"João, em 2021, tinha praxia, alteração sensorial e também vivenciava o luto, pois tinha perdido o pai, então quando todas as terapias pareciam ter avançado, a gente teve um retrocesso. Lucas não falava e eu procurei uma terapia que pudesse ser inovadora e pudesse ampliar mais os horizontes dele, para despertar nele essa sensação de conhecimento. Vim à equoterapia fazer uma visita e, após 4 anos, hoje ele fala plenamente, tem autonomia, domínio, chega aqui e já sabe qual o cavalo que vai montar e a equipe que o assiste", contou Ariane Moraes.
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De acordo com Ariane, o filho, assim como as outras crianças, são acompanhados pela própria cavalaria, psicóloga e fisioterapeuta. E a partir do contato com o animal e a natureza, João Lucas passou a ter uma vida normal.
"Foi importante para Lucas esse contato com a natureza, entender que o cavalo é um agente facilitador. Ele ganhou essas conquistas e não tem mais a praxia de fala, distúrbios sensoriais, e é uma criança que pode viver tranquilamente, no aspecto social e cognitivo. Se todas as crianças neurodivergentes pudessem ter acesso a esse tipo de terapia seria extremamente importante, porque sai da terapia convencional, que é entre quatro paredes. O trabalho que a polícia faz é social, pois essa é uma terapia cara, não é acessível a toda a população, mas se pudéssemos ampliar o número de famílias assistidas e as equipes de equoterapia no estado da Bahia, sem dúvida, seria um ganho para toda a sociedade", afirmou.
O Secretário de Direitos Humanos, Felipe Freitas, elogiou o trabalho social desenvolvido pela Polícia Militar, através da equoterapia, e destacou a importância de eventos como este para avaliação e planejamento de ampliação da rede de cuidados a pessoas com deficiência.
"É por um lado um evento de saúde importante para diferentes dimensões da saúde pública, que se beneficiam dessas terapias que são feitas aqui, mas também um evento de polícia comunitária e também uma ação importante de Direitos Humanos, que promove diretos a uma parcela da população, e faz dessa experiência uma referência para o país. O trabalho que a equoterapia da PM desenvolve no estado é uma referência nacional e esse evento nos ajuda a reconhecer essa excelência e a planejar novos avanços."
De acordo com o secretário estadual, nos próximos meses o governo irá anunciar novos investimentos de fortalecimento no atendimento das pessoas com deficiência e no serviço de reabilitação e terapia. "Vamos ter mais de 14 centros de reabilitação que serão instalados em todo o estado, com investimento acima de R$ 100 milhões, que irá formar uma grande de atenção às pessoas com deficiência."
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