"Queremos uma resposta clara e urgente para os problemas da educação", diz APLB Feira durante paralisação
A categoria destacou as dificuldades enfrentadas ao longo dos últimos anos, como a falta de professores
A categoria destacou as dificuldades enfrentadas ao longo dos últimos anos, como a falta de professores e funcionários nas escolas, além da ausência de respostas efetivas e abertura de diálogo com a administração municipal. De acordo com Marlede Oliveira, presidente da APLB Feira, a data também rememora o dia em que os professores foram agredidos quando ocupavam a sede da prefeitura.
"Nós aprovamos na última assembleia a paralisação de dois dias, segunda-feira dia 31, que é um dia de luta da categoria. Quando nós, em 2022, fomos à prefeitura, teve espancamento, spray de pimenta, foi toda essa agressão e não teve resposta. Aí depois tem uma Lei Municipal que diz que é um Dia de Luta dos Trabalhadores de Educação, dia 31 de março. E também vamos às ruas denunciando o descaso com a educação, porque nossos direitos e a falta de professores, falta de funcionários, está sendo gritante há alguns anos, não é de hoje. Em 2023 faltou professores, faltou funcionários, em 2024 também, e agora continua faltando professores, faltando funcionários, não tem salário, acabaram com a carreira dos professores e a gente quer uma resposta. O que é que nós queremos? Que o governo sente para dialogar. Naquela ocasião, tivemos espancamentos e o uso de spray de pimenta. Não houve resposta concreta por parte da prefeitura, e por isso voltamos às ruas. Queremos uma resposta clara e urgente para os problemas da educação", declarou.
Entre as principais pautas está a falta de professores e os atrasos nos reajustes salariais. "O piso salarial deveria ter sido ajustado desde janeiro. Estamos em março e ainda não tivemos nenhuma resposta sobre isso. Pedimos que o governo sente para dialogar conosco e busque soluções para curto, médio e longo prazo", afirmou um dos líderes do movimento.
Ainda de acordo com Marlede, o secretário de Educação, Pablo Roberto, afirmou que ainda não conseguiu se reunir com o secretário da Fazenda e com o prefeito para discutir as questões relacionadas ao orçamento e à remuneração dos professores.
"Nós estamos aqui por diálogo e a nossa paralisação foi para isso. Essa categoria entendeu que era para parar hoje, como também vai ser na próxima quarta-feira, dia 2, para a gente buscar uma resposta, uma negociação. Porque o secretário Pablo Roberto tem dito que ele não se sentou ainda com o secretário da Fazenda, com o da administração e o prefeito para alinhar. Porque tem respostas que são das finanças. São questões que dizem respeito à remuneração dos professores de piso. Precisa estar com a secretaria da Fazenda. Quarta-feira nós vamos para a Seduc dizer ao secretário que queremos uma resposta, sentar para ter uma negociação. Ele precisa dar uma resposta à entidade e à categoria".
Em cumprimento a decisão da última assembleia, a segunda paralisação está prevista para a próxima quarta-feira, 2 de abril, com a intenção de pressionar a Secretaria de Educação por respostas concretas.
"Claro que tem coisas que não vão ser resolvidas de imediato. Vai ser a curto prazo, tem coisas que podem ser mais a longo prazo. O salário tem que ser a curto prazo, porque o piso é janeiro, nós já estamos no mês de março. Não tem nenhuma resposta do governo sobre reajuste do piso. Temos professores que fizeram mestrado e doutorado desde 2017/2018, tem casos de 2016, que hoje não foram resolvidos. Isso é um absurdo então, queremos sentar com o governo para ver se tem uma pauta de negociação, um calendário de resolução dos problemas, porque é algo, como eu falei, curto prazo, médio prazo e tem coisas que são mais a longo prazo", diz.
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