Rodoviários do transporte coletivo de Feira iniciam rodada de negociações da campanha salarial

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Rodoviários do transporte coletivo de Feira iniciam rodada de negociações da campanha salarial

As empresas, por outro lado, alegam operação deficitária, devido à crise do setor, agravada pela pandemia de covid-19. 

Foto: Andrews Pedra Branca/Secom/PMFS

Os rodoviários de Feira de Santana deram início esta semana a uma nova rodada de negociações da campanha salarial de 2025 com as empresas do transporte coletivo municipal. No entanto, a categoria ameaça paralisar as atividades, caso a pauta de reivindicações não seja atendida pelas concessionárias Rosa e São João. A informação é do secretário municipal de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, que se reuniu com o Sindicato esta semana para tentar alcançar uma negociação favorável a ambas as partes.

"Maio é o mês da database do dissídio dos Rodoviários, que têm uma pauta de reivindicações, que é renovada anualmente, dizendo respeito à correção salarial, de vale-transporte, todas as outras conquistas da categoria, como plano de saúde, odontológico, de forma que foi dado início a essas negociações", informou o secretário.

As empresas, por outro lado, alegam operação deficitária, devido à crise do setor, agravada pela pandemia de covid-19.

"Há uma crise no setor em todo o Brasil que se agravou durante a pandemia. Feira de Santana tinha, em 2019, cerca de 2 milhões de passageiros por mês e essa demanda caiu para aproximadamente 1 milhão por mês atualmente. Além disso, o governo concede uma série de gratuidades para o idoso, para portadores de algumas comorbidades previstas em lei, a meia-passagem para estudantes, então são muitas questões envolvidas, não é uma coisa simples, e requer a participação do poder público", ponderou Sérgio Carneiro.

Dívidas com as empresas

Conforme o secretário de Mobilidade, a prefeitura de Feira de Santana ainda precisa lidar com o pagamento de débitos atrasados às empresas de ônibus, deixadas pela gestão anterior, o que pode dificultar as negociações.

"O prefeito José Ronaldo assumiu há 4 meses e ainda está na fase de arrumação da casa. A PGM (Procuradoria Geral do Município) monitora esses processos e eu creio que no devido tempo o prefeito vai equacionar não só esse, mas todos os débitos que foram deixados pela administração passada."

Sérgio Carneiro acredita em sua capacidade de intermediar o diálogo entre o Sindicato dos Rodoviários e as empresas de ônibus, e torce para que até o final de maio, haja uma solução.

"Os rodoviários me têm como aliado, temos uma trajetória de luta no passado, e me deram crédito de confiança para que eu possa expor ao prefeito a situação. Ao mesmo tempo, o presidente Alberto Nery irá solicitar uma audiência com o prefeito para fazer as ponderações. E as empresas sabem que eu também opero para que o sistema funcione da melhor forma possível. Temos esse mês de maio para poder verificar toda essa situação e encontrar uma possibilidade para que não haja um prejuízo aos trabalhadores que dependem do transporte", salientou. 

 

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Sábado, 10 Mai 2025

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