TJ julga Habeas Corpus de empresários com atuação em Feira de Santana presos na Operação Primus
Investigação desarticulou esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro no estado.
A Primeira Câmara Criminal, da Segunda Turma do Tribunal de Justiça da Bahia, vai julgar no dia 2 de dezembro o habeas corpus impetrado pelos presos na Operação Primus, que desarticulou um esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro no estado. O principal alvo da ação, o empresário Jailson Couto Ribeiro, o Jau, aguarda a análise do pedido após ter sido preso. A defesa busca reverter a prisão preventiva do empresário.
Além de Jau, também terão o habeas corpus julgado Wesley Márcio Duda, Gilvan Couto Ribeiro, Diego do Carmo Santana Ribeiro, Pedro Henrique Ramos Ribeiro, Israel Ribeiro Filho (preso no Rio de Janeiro) e Mário Kadow Nogueira (preso em São Paulo). Outras duas pessoas detidas na Bahia, cujas identidades não foram divulgadas oficialmente, também integram o grupo. Ao todo, nove investigados foram presos na operação, que teve desdobramentos em cidades como Feira de Santana, Salvador, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas, Morro do Chapéu, Itaberaba e Iaçu.
A Operação Primus, coordenada pelo Draco-LD, identificou uma estrutura empresarial com cerca de 200 postos de combustíveis supostamente vinculados ao grupo, com forte suspeita de adulteração, irregularidades tributárias e ocultação patrimonial. Durante a ação, foram apreendidas pistolas, uma submetralhadora, munições, carregadores e cerca de dez veículos de alto padrão.
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A Polícia Civil também pediu o bloqueio de R$ 6,5 bilhões em bens móveis, imóveis e valores relacionados aos investigados. O julgamento do habeas corpus é aguardado com expectativa, especialmente pela defesa de Jau, apontado como líder do esquema.
Braço do PCC
O Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf), denunciou no dia 10 novembro, quinze pessoas envolvidas na 'Operação Primus', que desarticulou uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, adulteração e comercialização irregular de combustíveis em dezenas de cidades baianas, com ramificações em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No documento, o Gaesf requereu a manutenção da prisão preventiva do dos denunciados. De acordo com a denúncia, os investigados atuavam como braço financeiro e logístico do PCC, utilizando postos de combustíveis e empresas de transporte para lavar dinheiro proveniente do tráfico e de outras atividades ilícitas.
Deflagrada em 16 de outubro pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), a Operação Primus foi deflagrada simultaneamente em oito municípios baianos como Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas e Morro do Chapéu, além de ações nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Foram emitidos 12 mandatos de prisão, com nove pessoas presas e apreensão de armas de fogo, munições, veículos de luxo e equipamentos utilizados por criminosos, que atuavam em pelo menos três estados brasileiros.
Com informações do site Bahia na Política e do MPBA
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