O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta sexta-feira (15) uma nota condenando a decisão do governo de Benjamin Netanyahu de retomar obras de assentamento que, se concluído, dividirá o território palestino da Cisjordânia, violando o direito internacional e comprometendo a busca pela paz.

"O Brasil insta Israel a abster-se de adotar ações unilaterais equivalentes à anexação do território palestino ocupado, as quais ameaçam a viabilidade da implementação da solução de dois Estados e comprometem o alcance de uma paz sustentável na região", afirmou o governo.

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O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que declarou que a medida "enterra a ideia de um Estado palestino". O plano prevê três mil casas em área reivindicada pelos palestinos como capital de um futuro Estado. Netanyahu não se pronunciou.

O Brasil mantém posição histórica favorável à convivência pacífica de dois Estados e reconhece formalmente a Palestina. Outros países, como Reino Unido, França, Canadá e Portugal, também anunciaram que reconhecerão o Estado palestino ainda neste ano.