Líder espiritual é condenado à prisão em Salvador por abuso sexual de seguidoras

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Líder espiritual é condenado à prisão em Salvador por abuso sexual de seguidoras

O líder, que afirmava incorporar 'Dr. Fritz', operava um esquema de abuso de poder e manipulação 

Um líder espiritual foi condenado a 20 anos e cinco meses de prisão em regime fechado por violação sexual mediante fraude contra três mulheres que frequentavam a instituição da qual fazia parte. Ele também foi condenado ao pagamento de uma indenização de R$ 50 mil para cada vítima por danos morais.

A condenação acatou denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público da Bahia, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Salvador e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que instauraram em 2021 investigação própria a partir de notícias de abusos encaminhadas à Ouvidoria do Conselho Nacional do Ministério Público pelo projeto "Justiceiras", um grupo que atua na proteção dos direitos de mulheres e no combate à violência de gênero. A sentença foi proferida, no último dia 7, pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador.

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Segundo a denúncia, o líder, que afirmava incorporar 'Dr. Fritz', operava um esquema de abuso de poder e manipulação psicológica dentro do centro religioso. Ele atraía diversos seguidores em busca de cura e orientação espiritual e utilizava sua posição de líder para assediar sexualmente mulheres vulneráveis. E convencia as vítimas, muitas delas fragilizadas emocionalmente ou com familiares doentes, de que manter relações sexuais com ele era necessário para realizar trabalhos espirituais e fornecer "energia sexual" para as entidades. 

As vítimas relataram que o líder as coagia a consumir bebidas alcoólicas durante os encontros, o que aumentava sua vulnerabilidade e facilitava o abuso. A sentença destacou a gravidade dos crimes, ressaltando a quebra de confiança por parte do religioso, que explorava a fé e a fragilidade emocional de suas seguidoras para satisfazer seus desejos. 

A sentença também reconheceu a continuidade delitiva, considerando que os abusos foram praticados por um longo período e de forma reiterada. 

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