Bahia registra queda no desemprego mas ainda tem maior taxa do Brasil

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Bahia registra queda no desemprego mas ainda tem maior taxa do Brasil

Cenário foi divulgado nesta terça, 28, em pesquisa trimestral do IBGE

Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Bahia teve queda na taxa de desocupação, de 19,5% para 15,4%, na comparação entre o ano de 2021 e o de 2022. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 28, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado é o menor desde 2015, quando foi contabilizada uma taxa de 12,4%. Segundo o levantamento do IBGE, o número em 2022 registrou queda por causa da alta de pessoas trabalhando, mais 7,2% na comparação com 2021, totalizando 5,9 milhões. Também no âmbito das variáveis que causaram o novo cenário, em todo o estado, o número de desocupados caiu 19%, totalizando 1,092 milhão de pessoas.

Ainda na relação entre 2021 para 2022, também houve avanço recorde da carteira de trabalho no estado, 12,4%, que contabilizou 1,523 milhão de empregados com carteira assinada, maior contingente desde 2017.

Na questão dos trabalhadores informais, segundo o IBGE, o total cresceu 4,1%, no igual período comparativo, puxado quase exclusivamente pelo aumento de 11,7% nos empregados sem carteira, que bateram novo recorde na série histórica, somando 1,178 milhão.

Na Bahia, a ocupação cresceu em 9 das 10 atividades econômicas, entre 2021 e 2022, lideradas pela administração pública, mais 94 mil trabalhadores. Só houve recuo de ocupados nos transportes, menos 14 mil.

De 2021 para 2022, o rendimento médio real dos trabalhadores baianos caiu pelo 2º ano consecutivo, 1,6%, tornando-se o mais baixo da série histórica e o 2º menor do país: R$ 1.750.

No 4º trimestre de 2022, a taxa de desocupação na Bahia mostrou seu terceiro recuo seguido frente ao trimestre anterior, indo a 13,5%. Ficou significativamente abaixo do indicador do 3º trimestr, 15,1%, e foi a menor taxa para um 4º trimestre, no estado, em sete anos, desde 2015, quando havia sido de 12,4%.

Ainda assim, a taxa de desocupação baiana continuou a ser a maior do país, nos últimos três meses de 2022, posto que ocupou ao longo de todos os quatro trimestres de 2022. Seguiu também muito acima do indicador nacional, 7,9% no 4º trimestre de 2022.

Com isso, em 2022, a taxa média de desocupação no estado foi de 15,4%. Embora tenha sido a menor em sete anos, desde 2015, quando havia ficado em 12,4%, foi a maior do país, bem acima da taxa média nacional, de 9,3%, e quase quatro vezes o valor da menor taxa, de Santa Catarina, com 3,9%.

Nos 11 anos de série histórica da PNADC (2012 a 2022), a Bahia esteve sempre entre as cinco maiores taxas de desocupação, tendo liderado o ranking dos estados em 4 anos: 2015, 2016, 2020 e 2022.

Considerando os extremos da série, a taxa de desocupação na Bahia cresceu 38,3% de 2012, quando tinha sido 11,2%, a 2022, com 15,4%. Foi o quarto maior aumento percentual nesse indicador entre os estados, abaixo apenas dos crescimentos de Rio de Janeiro, 67,9%, Pernambuco, 55,6% e Piauí, 44,3%. Todos esses estados, porém, tiveram em 2022 taxas de desocupação menores do que a baiana. No Brasil como um todo, a taxa de desocupação aumentou 25,0% entre 2012 e 2022.

No 4º trimestre de 2022, o município de Salvador registrou uma taxa de desocupação de 14,5%, maior do que a do estado como um todo, mas que também teve queda importante frente ao 3º trimestre, quando havia ficado em 17,9%. Foi a menor taxa para um 4º trimestre em cinco anos, desde 2017, quando havia sido de 13,6%.

Ainda assim, no 4º trimestre de 2022, a taxa de desocupação de Salvador continuou a maior entre as capitais brasileiras pelo terceiro trimestre consecutivo, desde que as informações da PNAD Contínua Trimestral voltaram a ser divulgadas para as capitais e regiões metropolitanas.

Na Região Metropolitana de Salvador, por sua vez, a taxa de desocupação ficou ainda maior do que no estado e na capital de forma isolada: 15,4% no 4º trimestre de 2022. Caiu frente ao trimestre anterior, quando havia sido de 19,4% e foi a mais baixa para o período em sete anos, desde o 4º trimestre de 2015, 14,9%.

Apesar do recuo, também continuou a mais elevada entre todas as regiões metropolitanas do Brasil, como já havia sido no 2º e 3º trimestres.

Como as informações para capitais e regiões metropolitanas só voltaram a ser divulgadas no 2º trimestre de 2022, não há dados consolidados do ano passado como um todo para esses dois recortes territoriais.

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas, não trabalharam e procuraram trabalho, em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando, pessoas ocupadas, ou procurando, as chamadas desocupadas. 

 

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