Fiocruz alerta para introdução da gripe aviária H5N1na Antártica
Novo estudo encontrou diferentes rotas de chegada do H5N1 no continente
Um novo estudo do programa de pesquisa da Fiocruz na Antártica (Fioantar) alerta para diferentes rotas de introdução do vírus da gripe aviária H5N1 no continente. Os cientistas identificaram e analisaram o material genético do vírus em duas aves e um leão-marinho-antártico encontrados mortos nas Ilhas Shetland do Sul.
Por meio do sequenciamento genético das amostras, foi detectado que a introdução do vírus na região se deu por caminhos distintos, introduzidos durante a migração de animais silvestres. Ao analisar os genomas dos patógenos, os pesquisadores encontraram microrganismos da chamada "linhagem de mamíferos marinhos da América do Sul" nas carcaças do gaivotão e do leão-marinho-antártico. Essa linhagem emergiu em 2023, no Norte do Chile, e espalhou-se ao longo da costa para o Sul do país e, posteriormente, para Argentina, Ilhas Malvinas, Uruguai e Brasil.
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Pessoas são contaminadas esporadicamente devido ao contato com animais infectados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2003 até o fim do ano passado foram registrados 939 casos humanos em 24 países, dos quais 464 evoluíram para a morte (49%). Não existe registro de disseminação entre humanos, ou seja, de pessoa para pessoa.
A iniciativa integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), conduzido pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), da Marinha do Brasil. O novo estudo teve a colaboração de pesquisadores do IOC/Fiocruz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade da Califórnia (UC), nos Estados Unidos.
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