Paciente aguarda regulação para policlínica após atendimento negado no HGCA
Serviço de Atendimento Móvel prestou os primeiros socorros
Na manhã desta segunda-feira (29), o paciente N. J. dos S, 43 anos teve o atendimento negado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e, por esse motivo, teve que ser admitido na Policlínica do Feira X. Ele foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
De acordo com a esposa, que também teve a identidade preservada, durante a madrugada ele foi encontrado no chão "tremendo, virando os olhos, sem conseguir enxergar e espumando pela boca". O SAMU foi acionado e, devido à complexidade do quadro, realizou os primeiros socorros encaminhando o paciente para o HGCA, onde teve o ingresso negado. Diante disso teve que ser levado para a policlínica.
O paciente está na sala vermelha com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC), aguardando regulação através das vagas disponibilizadas pelo Governo do Estado. Além dele, outros cinco pacientes aguardam regulação na unidade, como M.C dos S, 82 anos, que está há dois dias esperando transferência também para tratar AVC.
"Não se pode negar o atendimento. No entanto, a não transferência de pacientes de alta complexidade resulta na superlotação nas unidades de saúde municipais, que não possuem o suporte adequado para a demanda que está sendo absorvida", afirma a coordenadora das Policlínicas e UPAs da Secretaria Municipal de Saúde, Vera Lúcia Galindo.
A coordenadora da SMS destaca que essa situação acarreta no aumento da fila de espera, uma vez que os profissionais estão sobrecarregados, sendo necessário restringir o atendimento para a comunidade.
Além dos pacientes que estão internados na policlínica do Feira X, 15 estão na UPA Queimadinha, sete na UPA Mangabeira, três na policlínica do Tomba, dois na policlínica do George Américo, um na policlínica de São José, três na policlínica do Parque Ipê e dois na policlínica da Rua Nova.
REGULAÇÃO ESTADUAL
O Sistema de Regulação Estadual é uma ferramenta do Governo do Estado que disponibiliza vagas em unidades públicas hospitalares conforme critério de gravidade e não proximidade, visando a democratização do acesso.
Para isso, o paciente atendido em uma unidade de urgência e emergência é avaliado e submetido a exames laboratoriais ou de imagem, de acordo com as condições clínicas e comprovada a necessidade de assistência hospitalar, os profissionais da unidade solicitam a regulação no sistema para que o paciente tenha a assistência adequada.
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