Secretaria de Saúde capacita médicos e enfermeiros da Atenção Básica sobre o manejo da tuberculose

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Secretaria de Saúde capacita médicos e enfermeiros da Atenção Básica sobre o manejo da tuberculose

Ao abrir o evento, o titular da pasta destacou a importância da qualificação contínua para os profissionais que atuam na rede municipal de Saúde. 

Foto: Renata Leite

A Secretaria Municipal de Saúde promoveu, nesta quinta-feira (30), uma capacitação sobre o manejo clínico da tuberculose voltada para médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. O encontro teve como objetivo fortalecer o conhecimento técnico desses profissionais sobre ações de prevenção, diagnóstico e acompanhamento da doença visando descentralizar o atendimento para toda a rede municipal de saúde.

A mesa de abertura contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos; do diretor da Rede Própria, Sebastião Oliveira; do diretor médico, Aderbal d'Aguiar; da chefe da Atenção Primária à Saúde, Verônica Cavalcante; e da chefe da Divisão de Controle Epidemiológico, Verena Leal.

Ao abrir o evento, o titular da pasta destacou a importância da qualificação contínua para os profissionais que atuam na rede municipal de Saúde. "Esse é um momento fundamental para fortalecer a rede e garantir dignidade à população por meio da saúde", afirmou. Rodrigo Matos ressaltou ainda que o aprimoramento exige empenho, mas é essencial para melhorar os serviços. "Aprender é sair da zona de conforto. Como gestor, médico e professor, posso dizer que a educação é o que mais me estimula, porque é através dela que transformamos a saúde pública", enfatizou.

Entre os convidados, a sanitarista Aia Akennaton, do Núcleo Regional de Saúde Centro-Leste, também enfatizou a importância do treinamento para os profissionais da Atenção Básica — porta de entrada para o diagnóstico e o cuidado com pacientes com tuberculose. "Os médicos e enfermeiros que atuam nas unidades básicas conhecem o território e as famílias, o que garante uma assistência mais próxima, resolutiva e humanizada", observou. Ela destacou que conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose é a enfermidade infecciosa que mais adoece e mata no mundo.

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"A capacitação também se alinha às metas internacionais e nacionais de reduzir a incidência para menos de dez casos por 100 mil habitantes. Ao garantir uma assistência qualificada, com diagnóstico rápido e tratamento adequado, conseguimos quebrar a cadeia de transmissão e controlar os casos, inclusive das formas latentes", afirmou a sanitarista.

A médica Lívia Fonseca explicou que a tuberculose é transmitida pelas vias respiratórias e causada por uma bactéria que atinge principalmente os pulmões. "Todo paciente que apresenta tosse por mais de três semanas, perda de peso, emagrecimento rápido, falta de apetite e cansaço fácil deve ser avaliado, pois esses são sinais de alerta para a tuberculose", ressaltou. Ela alertou ainda que um paciente sem tratamento pode transmitir a doença a até dez pessoas em um ano, reforçando a importância do diagnóstico precoce.

CENÁRIO DA DOENÇA EM FEIRA

A enfermeira Gilca Lessa, referência técnica da Vigilância Epidemiológica, apresentou o panorama da doença em Feira de Santana. Segundo ela, a tuberculose é endêmica no município, com média mensal de 10 a 15 novos casos. "Registramos ocorrências durante todo o ano. A doença é curável e tem tratamento gratuito oferecido pelo Ministério da Saúde. É fundamental que os pacientes sigam corretamente as orientações médicas", destacou.

Neste ano, Feira de Santana já contabiliza 93 casos de tuberculose em todas as formas, sendo 44 com confirmação laboratorial. Em 2024, foram 127 novos casos, dos quais 107 confirmados em laboratório. Entre os bairros com maior incidência em 2025 estão o Tomba, com 14 casos, seguido por Rua Nova (9), Aviário (7), Mangabeira e Queimadinha (5 cada). Os bairros Parque Ipê, Gabriela, Campo Limpo e Feira IX registraram três casos cada, enquanto Brasília, Asa Branca, 35º BI, Calumbi, Jardim Cruzeiro, Papagaio e SIM tiveram dois casos cada.

A capacitação foi realizada através de parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, o Núcleo Regional de Saúde Centro-Leste e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVEP). 

 

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Sexta, 31 Outubro 2025

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