Baiano morre em operação contra o Comando Vermelho no RJ
Fuzil apreendido com Júlio Souza Silva, 26, tinha bandeira da Bahia
Um dos suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi identificado como o baiano Júlio Souza Silva, de 26 anos, natural de Salvador.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Júlio Silva tinha envolvimento com o grupo criminoso Comando Vermelho (CV) na região do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Informações do Departamento de Inteligência Policial (DIP) ainda apontam que o suspeito era o líder de uma facção criminosa de Salvador ligada ao Comando Vermelho.
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Histórico criminal
Júlio Souza Silva já havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas. No momento da operação, ele cumpria pena em regime semiaberto no sistema prisional da Bahia.
A SSP-BA suspeita que o baiano tivesse voltado a praticar crimes após deixar o regime fechado e que estaria envolvido na articulação entre facções do Rio de Janeiro e da Bahia.
Megaoperação no RJ
A ação policial, que acontece nos complexos do Alemão e da Penha, um conjunto de 26 comunidades, é mais uma etapa da Operação Contenção, iniciativa permanente do governo do Rio de Janeiro para combater o avanço do CV em territórios fluminenses.
– Agentes mobilizados: Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ participam da operação, com o objetivo de prender cerca de 100 traficantes.
– Confrontos: Os traficantes reagiram intensamente com tiros e barricadas em chamas. Há relatos de criminosos lançando bombas com drones.
Balanço Parcial:
– 20 suspeitos morreram em confronto, sendo dois da Bahia e um do Espírito Santo;
– Nove agentes de segurança foram baleados, com a morte de pelo menos 2 agentes, incluindo 1 policial civil;
– 3 inocentes foram baleados (um homem em situação de rua, uma mulher em uma academia e um homem em um ferro-velho);
– 81 homens foram presos.
– Foram apreendidos 31 fuzis (sendo um calibre 5,56, personalizado com a bandeira da Bahia), 2 pistolas e 9 motos.
As investigações indicam que os complexos do Alemão e da Penha servem de refúgio para chefes do CV do Rio de Janeiro e de outros estados.
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