Motos representam quase metade dos sinistros de trânsito registrados na BR-324

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Motos representam quase metade dos sinistros de trânsito registrados na BR-324

Muitos desses sinistros têm ligação com falta de cuidado ou com desrespeito às normas de trânsito.

Conduzir uma motocicleta na rodovia exige maior cuidado do que em vias urbanas, como ruas e avenidas. A velocidade desenvolvida em rodovias é maior, assim como o tráfego de veículos de carga, por isso é preciso estar muito atento à condução a fim de reagir em tempo para evitar acidentes.

O número de acidentes, feridos com gravidade e mortes envolvendo motocicletas nas rodovias federais é alarmante. Para se ter uma ideia, de janeiro a dezembro do ano passado, do total de sinistros ocorridos na BR 324 (624), 43,59% deles (272) envolveu motocicletas, motonetas, ciclomotores e similares. Esses sinistros deixaram 30 feridos graves e 11 óbitos.

Já nos primeiros quatro meses deste ano, os números já acendem o alerta, pois já foram registrados 115 sinistros com motos, resultando em treze vítimas graves e três pessoas mortas.

Foi constatado que dentre as principais causas que contribuíram para a ocorrência dos sinistros estão "falta de atenção à condução", " desrespeito às normas de trânsito", "não guardar distância de segurança" e "transitar com a motocicleta entre as faixas". Nesse contexto, a PRF ressalta que não é proibido transitar entre os veículos quando o trânsito está parado ou lento, mas é necessário estar com uma velocidade compatível e não gerando risco.

No entanto, infelizmente, muitos motociclistas se colocam em grande risco nos momentos de trânsito lento ou congestionado, característico nos horários de "rush" (início da manhã ou ao entardecer). Em altas velocidades entre os demais veículos, não conseguem reagir a tempo em momentos de paradas repentinas ou mudanças de faixas dos veículos de maior porte.

Outro favor que dificulta esta interação entre as motocicletas e os demais veículos é o ponto cego dos retrovisores de automóveis, ônibus e caminhões, que é a área que não pode ser observada de modo direto por estes veículos maiores.

Andar muito próximo à traseira de caminhões e ônibus aumenta o risco de colisões, pois pode não haver tempo para reação no caso de um desses veículos frear ou desviar de algo sobre a pista, como um buraco ou outro objeto. Veículos de carga oferecem também risco de arremesso de pequenas partes da carga (como grãos), bandagens de pneus e até mesmo peças que podem se soltar. Lembre-se sempre de guardar distância também entre veículos pequenos.

Evite circular no corredor quando há intenso fluxo de veículos ou formação de filas, o que ocorre principalmente em perímetros urbanos. Os motoristas dos demais veículos, principalmente os pesados, podem não perceber a passagem da moto ao lado.

Cuidado com líquidos, grãos, areia, pedras ou outros produtos sobre a pista. Ao notá-los, reduza a velocidade, se possível e seguro, desvie. Jamais freie bruscamente. Sempre indique suas manobras como ultrapassagens ou mudança de faixa.

Atento a esta situação, durante as abordagens, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem dedicado atenção especial aos condutores de motocicletas e similares. Seguindo o planejamento feito com base em levantamentos estatísticos de sinistralidade, blitz tem sido realizada com frequência ao longo de pontos estratégicos da rodovia, focada em fatores que visem a diminuir a quantidade de motociclistas feridos e mortos.

Além de inibir o trânsito das motos entre os veículos - quando em velocidade incompatível - os policiais também estão atuando na fiscalização do uso de celulares e na do não uso do capacete, além de coibir outras irregularidades de trânsito como dirigir sem possuir habilitação e transitar com o veículo em mau estado de conservação.

Esses comandos específicos possui também um caráter educativo, chamando atenção quanto à mudança de comportamento dos condutores e a importância do respeito às leis de trânsito, garantindo a segurança viária.

Por fim, a PRF ressalta que o trânsito não pode ser visto como um local de disputa e sim de convivência, onde todos precisam se respeitar e cuidar uns dos outros. Agindo desta maneira, é possível evitar sinistros e preservar vidas.
 

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Segunda, 17 Junho 2024

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