Aneel aprova consulta pública para reduzir bandeira tarifária de energia elétrica

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Aneel aprova consulta pública para reduzir bandeira tarifária de energia elétrica

A consulta pública estará disponível até 6 outubro

Crédito: Divulgação/Aneel

O equilíbrio na oferta de eletricidade permitiu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discutir a redução em até 36,9% o valor da bandeira tarifária, cobrança de tarifas extras em cenário de escassez. A agência reguladora aprovou nesta terça-feira (22) a abertura de uma consulta pública sobre o tema. Pela proposta, a bandeira amarela cairia de R$ 2,989 por 100 quilowatts-hora para R$ 1,885, recuo de 36,9%. Na bandeira vermelha, o valor cairia de R$ 6,50 para R$ 4,464 no patamar 1 (redução de 31,3%) e de R$ 9,795 para R$ 7,877 no patamar 2 (redução de 19,6%). 

Um dos motivos que justificam a redução nos preços são os níveis confortáveis dos reservatórios das hidrelétricas, além da oferta de energia renovável no país que se encontra em expansão, com a produção de energia eólica e solar em alta e o preço internacional dos combustíveis fósseis, como carvão e gás natural, (usado para abastecer as termelétricas) caiu em relação ao ano passado.

Nesse momento, a proposta não terá impacto na conta de luz porque, desde abril do ano passado, a bandeira tarifária está no nível verde, em que não há tarifas adicionais, e deve permanecer assim até pelo menos o fim do ano. No entanto, a Aneel atesta que as bandeiras tarifárias mais baixas deverão acarretar menor reajuste nas contas elétricas nas próximas revisões de tarifas por causa da queda dos valores vinculados à operação do Sistema Interligado Nacional.

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh. 

O Sistema Interligado Nacional (SIN), que é dividido em quatro subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte) cobre, praticamente, todo o país. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país, sendo a demanda por energia nessas regiões suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

As pessoas interessadas em participar da consulta pública podem enviar suas contribuições, a partir desta quarta-feira (23) até 6 outubro, para o e-mail cp026_2023@aneel.gov.br .

 

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Quinta, 02 Mai 2024

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