O Brasil melhorou os índices de desigualdade e pobreza em toda a série histórica iniciada em 1995, conforme nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A renda familiar per capita cresceu cerca de 70% ao longo de 30 anos e a taxa de extrema pobreza, que antes representava 20%, despencou para 5%. O progresso não foi linear, se concentrou entre 2003 e 2014 e retomou forças entre 2021 e 2024.

📱 Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

O aquecimento do mercado de trabalho é um dos motivos da melhora, segundo pesquisadores, além da expansão das transferências de renda, ambos responsáveis por quase metade da redução da desigualdade e da queda da extrema pobreza entre 2021 e 2024. Em 2020, os programas sociais se mostraram mais efetivos no país, como o Auxílio Brasio, Auxílio Emergencial e Bolsa Família.

Os menores níveis de pobreza foram alcançados em 2024, mas 4,8% da população ainda vivia abaixo da linha de extrema pobreza e 26,8% abaixo da linha de pobreza. Segundo o estudo, a melhora distributiva foi o que possibilitou a redução de mais de 60% nos índices da extrema pobreza entre 2021 e 2024.