Registros de Inadimplentes recuam 1,8%, segunda queda mensal consecutiva

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Registros de Inadimplentes recuam 1,8%, segunda queda mensal consecutiva

Recuperação de Crédito, por sua vez, registrou queda de 0,5% 

Crédito: Divulgação

O número de registros de inadimplentes caiu 1,8% em maio na comparação mensal dos dados dessazonalizados da Boa Vista, que abrangem todo território nacional. Apesar desta ser a segunda queda mensal consecutiva, o indicador ainda aponta elevação de 1,4% no trimestre móvel encerrado em maio contra o trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro, também na série livre dos efeitos sazonais.

Já na série de dados originais o número de registros segue perdendo ritmo, a alta de 8% em maio na comparação interanual sucedeu uma alta de 8,2% em abril na mesma base de comparação. O resultado acumulado no ano desacelerou de 15,6% para 14,0% e a mesma tendência foi observada na curva de longo prazo do indicador, medida pela variação acumulada em 12 meses, na qual o crescimento passou de 20,9% em abril para 20,3% na aferição atual.

"Há muito tempo não se via duas quedas consecutivas no indicador, a última vez foi justamente em 2020, quando o efeito das postergações e depois dos auxílios emergenciais começaram a aparecer. Evidentemente, a situação de agora é outra, essas quedas sucederam nove aumentos consecutivos e mostram que o número de registros pode sim ter atingido um pico em março. A desaceleração na curva em 12 meses, que era esperada, também corrobora essa ideia. O ritmo de alta nos registros agora é muito menor, sobretudo quando comparamos com os resultados do 2º semestre do ano passado. Essa perda de ritmo também está refletida na taxa de inadimplência das famílias, ela tem subido pouco este ano", avalia Flavio Calife, economista da Boa Vista.

Recuperação de Crédito do Consumidor

Já o Indicador de Recuperação de Crédito da Boa Vista recuou 0,5% na comparação mensal, somando a segunda queda mensal consecutiva, mas também encerrou o trimestre móvel em alta, neste caso, de 0,7%, de acordo com dados dessazonalizados. Em relação ao mês de maio do ano passado houve um aumento de 12,2% e o indicador se manteve numa curva de crescimento acelerado no acumulado em 12 meses, que passou de 17,1% para 18% entre abril e maio. No ano, porém, o crescimento desacelerou nesse período, de 17% para 16,1%.

"A expectativa que tínhamos de que o indicador de recuperação continuaria em alta por um pouco mais de tempo vem se confirmando. Muito disso se deve ao fato de que o volume de novos registros foi muito grande nos últimos meses, mas agora a tendência de desaceleração que era esperada mais para frente pode até dar lugar a um movimento no sentido contrário, de maior crescimento, por conta do programa do governo de renegociação de dívidas", finaliza Calife.

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Quinta, 16 Mai 2024

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