Estudante da UEFS diz que evento da ONU amplia participação indígena nas discussões internacionais

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Estudante da UEFS diz que evento da ONU amplia participação indígena nas discussões internacionais

Objetivo de Açucena Tumbalalá é contribuir para a ampliação da participação de jovens

Crédito: Acervo pessoal
A estudante da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Açucena Tumbalalá, está vivenciando uma experiência única que consiste na participação do 58ª Conferência de Bonn (SB58) sobre mudanças climáticas, que foi iniciado no último dia 5 e prossegue até o dia 15 de junho, na Alemanha.

O objetivo dela, que cursa Direito, é contribuir para a ampliação da participação de jovens latino-americanos, negros e indígenas, em fóruns internacionais. Para a jovem de 19 anos, ter sido selecionada para participar deste evento internacional, entre 6 mil inscritos foi maravilhoso.

Neste ano, a SB58 enfrenta o desafio de dar continuidade às negociações em agendas de crucial importância para os esforços globais contra as mudanças climáticas, das quais destaco abaixo: o balanço global de implementação do Acordo de Paris, o estabelecimento de uma meta global de adaptação e o início do programa de trabalho sobre transição justa. "Estou participando da SB-58 aqui, na Alemanha, que é mais uma preparação para COP 28, que será em Dubai, no final do ano. Participei de um processo seletivo para jovens pretos pardos e indígenas da America Latina. Está sendo tudo muito incrível, algo mágico para mim, não imaginava que isso aconteceria tão cedo na minha vida, então tem sido um choque de realidade e eu estou muito contente. Estar aqui, conhecendo novas pessoas, novas realidades, culturas, lutas e perspectivas de vida, está sendo muito bom. A conferência vai até dia 15 e será a COP. Foi através do Likes que organizou para estarmos aqui, quem fez o processo seletivo 'Bolsas Climáticas para Jovens Pardos e Indígenas da América Latina", conta.

A estudante é da etnia Tumbalalá, da localidade de Abaré, na região norte da Bahia, foi criada na aldeia Pambu, às margens do rio São Francisco, cursa direito na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e pretende seguir carreira atuando em defesa dos povos originários do Brasil.

"Pretendo trabalhar futuramente com questões indígenas, quero contribuir, porque é algo que sinto prazer em participar, em aprender, além de ser algo que está presente no meu dia a dia. A questão indígena é totalmente ligada ao meio ambiente. A gente é um povo do rio, tem ele como fonte de sobrevivência. Nossa ancestralidade está nas águas, nas matas. No caso do meu povo, tem a vivência com a caatinga, bioma exclusivo do Brasil que não é considerado patrimônio nacional", explica.

Após a SB58, a jovem vai participar da Conferência de Jovens (COY) e da Conferência das Partes, que ocorrerão no fim deste ano, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O objetivo do projeto que levou Açucena a participação a ONU é ampliar a participação de jovens latino-americanos, negros e indígenas em fóruns internacionais, onde são discutidas mudanças climáticas no mundo. Além da baiana, outra originária brasileira também participa do projeto.
 

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Terça, 30 Abril 2024

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