Da bandeira ao hino: os símbolos que representam Feira de Santana
cidade.
Situada no agreste baiano desde 1832, a cidade de Feira de Santana cresceu e se desenvolveu, escrevendo desde então sua linda história. Assim como as demais cidades brasileiras, a presença de uma bandeira, um brasão e um hino está marcada na identidade local. Este é o caso da Princesa do Sertão, que possui os seus símbolos, os quais refletem o que já foi feito e norteiam o que ainda está por vir.
Em 1966 foi sancionada a lei que deu início ao processo de criação da bandeira e do brasão feirense. Dois anos depois, em 1968, ocorreu a oficialização e a apresentação ao público da bandeira que passaria a representar o município de Feira de Santana dali em diante. Além dela, também foram instituídas outras bandeiras para órgãos da cidade.
A solenidade aconteceu na Praça da Bandeira, no dia 26 de julho - data dedicada a Sant'Ana, padroeira da cidade. O evento contou com grande presença popular e inúmeras autoridades, entre elas o então governador Luiz Viana Filho.
O desenho da bandeira é composto por oito faixas verticais, horizontais e diagonais, nas cores verde e vermelha. No centro, aparece o brasão, conforme o texto original da lei. O verde representa "vitória e amizade"; o vermelho, a argila da região; o branco, as áreas da zona rural; e as faixas simbolizam a expansão do poder da cidade sobre toda a sua extensão territorial. O brasão de armas é encimado por uma coroa, ladeado por uma cesta de frutas, ânforas, um berrante, um pião, um pé de milho e outro de fumo. Ele é ainda composto por um escudo e por elementos simbólicos alusivos ao passado colonial, à religiosidade, às riquezas da terra, à força e ao prestígio da cidade.
Fluminense de Feira
Devido ao sucesso do Fluminense de Feira nos anos 60, é comum a teoria de que as cores da bandeira tenham sido influenciadas pelo clube. Essa versão surgiu quando a Associação Desportiva Bahia de Feira precisou trocar de nome para continuar no profissionalismo, por exigência do presidente da FBF, Carlos Alberto de Andrade, que alegava não ser possível a existência de dois clubes com o mesmo nome disputando o campeonato - no caso, o Bahia de Salvador e o Bahia de Feira.
O hino
Composto por Georgina Erismann em 1928, o Hino de Feira de Santana teve uma longa trajetória até ser consolidado. O primeiro hino da cidade foi proposto pelo maestro Tranquilino Bastos, da Filarmônica Vitória, em 1899.
"Esse primeiro hino se perdeu. Temos registro no Folha do Norte e na Coluna da Vida Feirense de que o maestro teria oferecido a composição para ser executada na inauguração do quadro do coronel José Frei de Lima. Chegou-se a executar esse hino, pelos registros, mas ele não 'pegou'", afirmou o historiador Aldo José Morais Silva, em entrevista ao portal De Olho na Cidade.
Acredita-se que a falta de consolidação do hino se deveu às disputas políticas envolvendo as filarmônicas da época - a "25 de Março" e a "Vitória" -, cada uma alinhada a grupos políticos rivais. Por conta disso, a cidade permaneceu sem um hino oficial por um período, até a consolidação da versão de Georgina Erismann.
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