Feira de Santana: a cidade que respira futebol, mas os times não acompanham
Paixão da torcida não falta, mas os clubes ainda correm atrás da glória
Feira de Santana não é apenas um importante centro comercial e cultural do interior da Bahia, mas também um celeiro de talentos no futebol, seja pela qualidade dos jogadores que por aqui surgiram, seja pela paixão que os torcedores sempre demonstram. No entanto, essa não tem sido a sina dos clubes feirenses nos últimos anos.
Ídolos que brilham no mundo
Terra de craques e jogadores icônicos, a cidade sempre revelou nomes que se destacaram nacional e internacionalmente. O mais recente deles é Anderson Talisca, atualmente na Turquia, mas que já atuou em Portugal, China e Arábia Saudita - nesse último país, inclusive, chegou a jogar ao lado de Cristiano Ronaldo pelo Al-Nassr.
Em um passado mais recente, Feira também exportou jogadores como Jorge Wagner e Fábio Baiano, com passagens de destaque por São Paulo e Corinthians, respectivamente. Outro grande destaque feirense é Júnior Baiano, ídolo do Flamengo, considerado por muitos o jogador de maior projeção da cidade no cenário do futebol, tendo inclusive disputado a Copa do Mundo de 1998 pelo Brasil - um feito histórico para a Princesa do Sertão.
O dilema dos clubes locais
Fluminense de Feira e Bahia de Feira são os dois principais clubes da cidade. Juntos, somam três títulos do Campeonato Baiano, além de diversas campanhas de destaque.
Fluminense de Feira: entre glórias do passado e reformulação
O Fluminense, que já formou times brilhantes nas décadas de 1960 e 1970, encantando torcedores no Jóia da Princesa e batendo de frente com a dupla Ba-Vi, hoje passa por um processo de reformulação após se transformar em SAF (Sociedade Anônima de Futebol) em 2022 e ser adquirido pela empresa Core3 em 2023.
Apesar disso, o clube não disputa a primeira divisão do Baianão desde 2021, quando foi rebaixado, e permanece na segunda divisão, caindo nas semifinais nos últimos dois anos.
Bahia de Feira: história de conquistas e superação
Fundado em 1937, quatro anos antes do Fluminense, o Bahia de Feira ficou afastado do futebol entre 1971 e 1981, mas retornou à elite do Campeonato Baiano em 1983.
A grande mudança na história do clube ocorreu em 2009, com a gestão do professor Jodilton Souza. No mesmo ano, o clube conquistou a segunda divisão do Baiano e, em 2011, alcançou o maior título da sua história: o Campeonato Baiano, com a decisão no Barradão contra o Vitória.
Consolidado na elite baiana e participando regularmente de competições nacionais, como a Série D do Brasileiro e a Copa do Brasil, em 2018 o Bahia de Feira inaugurou seu novo centro de treinamento e o Estádio Professor Jodilton Souza, a Arena Cajueiro. Em 2024, o clube foi rebaixado, mas retornou à primeira divisão em 2025 e projeta consolidar-se novamente na elite baiana em 2026.
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