A origem do carnaval de Salvador remonta ao século XIX. A folia acontecia na rua Chile, na época, o centro da efervescência cultural e econômica da cidade. Em 1884 desfila pela primeira vez o Clube Carnavalesco Fantoches da Euterpe, que veio para rivalizar com o Clube Carnavalesco Cruz Vermelha. Em 1895 surgiu o primeiro bloco afoxé. Contudo, em 1950, Adolfo Antônio do Nascimento e Osmar Álvares Macedo, conhecidos nacionalmente por Dodô e Osmar, criaram o trio elétrico, transformando completamente o formato do carnaval de rua de Salvador, possibilitando à Bahia entrar para lista dos recordes mundiais do Guinness, como o maior carnaval do mundo.

Por outro lado, em 1962, estreia o bloco "Os Internacionais". Enquanto isso, os foliões se organizam em blocos carnavalescos, pagando uma certa importância em dinheiro para poder desfilar na avenida, nos diversos blocos que surgem por toda a cidade, a exemplo do Coruja, Eva, Camaleão, Nana, Jacu, Filhos de Gandhy, Olodum e Timbalada, dentre outros, puxados pelos emergentes artistas do novo carnaval de Salvador.

Em desconformidade com tudo isso, em 2017, surge o SAGALERA, fundado por um grupo de amigos e frequentadores do lendário Boteco de Cabeludo, na rua Professor Alfredo Rocha, na Vila Laura.

O bloco abre o carnaval de Salvador desde sua fundação, arrastando centenas de foliões pelas ruas e vielas do bairro da Vila Laura. O cortejo, animado por uma banda de fanfarra, com instrumentos de sopro e percussão, tem no repertório marchinhas, frevos, sambas e os consagrados sucessos do Axé. E, neste ano, a folia começa mais cedo, com a realização de três eventos pré-carnavalescos, o Esquenta Sagalera, e o primeiro já tem data marcada para 27 de outubro, no Bar e Restaurante Luz Marina, às 19h, com a animação da nossa já tradicional Fanfarra.

O SAGALERA é um bloco sem corda e sem a ganância do lucro fácil, cujo objetivo é brincar e ajudar uma causa social, proporcionando a filantropia.

Para brincar na turma mais animada da Vila Laura, basta trocar duas latas de leite em pó pela camisa do bloco.

Todas as latas de leite obtidas com a troca, destina-se a uma instituição de caridade, previamente escolhida pela diretoria do bloco.