América-MG empata no fim e afunda Athletico em jejum
Viveros marca dois, mas Willian Bigode salva Coelho nos acréscimos
No Independência, o que parecia mais um alívio para o Athletico-PR transformou-se em novo capítulo de frustração para ambos os lados. Pela 19ª rodada da Série B, o Furacão vencia por 2 a 1 até os acréscimos, mas um pênalti nos minutos finais permitiu a Willian Bigode empatar para o América-MG: 2 a 2. Com o resultado, o time mineiro chega a cinco partidas sem vitória, estaciona na 15ª posição com 21 pontos e segue ameaçado pela zona de rebaixamento. O Athletico, por sua vez, acumula quatro jogos sem vencer e desperdiça nova chance de se reaproximar do G-4.
Odair Hellmann escalou o Furacão com três zagueiros e liberdade para Mendoza e Viveros, fórmula que surtiu efeito parcial: o atacante colombiano brilhou com dois gols, mas o restante da equipe oscilou entre a cautela e a dispersão. O América-MG, por sua vez, armou-se num 4-2-3-1 que visava a compactação defensiva e a transição curta, mas teve dificuldade para transformar posse de bola (55%) em profundidade. Coube ao experiente Willian Bigode, aos 49 do segundo tempo, cavar o pênalti, converter no rebote e dar ao Coelho um ponto que veio no grito — e na insistência.
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A consequência imediata é uma classificação embolada e com pouco espaço para erro. O Athletico-PR fecha o turno com 25 pontos, em 10º lugar, e já vê Chapecoense, Novorizontino e Coritiba se distanciarem no pelotão de acesso. O América, por sua vez, caminha sobre brasas: com 21 pontos, tem apenas um de vantagem sobre a Ferroviária, que abre o Z-4. A Série B de 2025 se mostra, rodada após rodada, um torneio sem zona de conforto, em que a diferença entre sonho e pesadelo se mede nos detalhes — e, por vezes, nos acréscimos.
A persistência do América-MG no segundo tempo merece reconhecimento, mas a análise fria revela um confronto entre duas equipes que se acostumaram a tropeçar nas próprias limitações. Ao Athletico, que há dois anos frequentava Libertadores, pesa a falta de repertório ofensivo e o descompasso entre meio e ataque. Ao Coelho, resta fazer valer sua torcida e o mando de campo em confrontos diretos. Porque se continuar assim, como dizemos aqui na Bahia, vai ser só sufoco até a última volta do ponteiro.
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