Ancelotti planeja folga e testa nomes para o Mundial
Técnico quer observar 70 atletas até setembro e pensar com calma
Classificado com duas rodadas de antecedência, o Brasil bateu o Paraguai por 1 a 0 e garantiu presença na Copa do Mundo de 2026. O gol de Vinicius Junior, em jogada com Matheus Cunha, sacramentou a campanha segura da Seleção nas Eliminatórias. O técnico Carlo Ancelotti, recém-saído do comando do Real Madrid, agora terá três meses até os próximos compromissos — tempo que promete dividir entre descanso e observação criteriosa de jogadores atuando mundo afora.
Com o calendário mais folgado, Ancelotti sinalizou que aproveitará a pausa para assistir à Copa do Mundo de Clubes e acompanhar pelo menos 70 nomes que podem brigar por vaga. A pluralidade de mercados citados pelo técnico — Europa, Arábia Saudita e afins — indica um olhar atento aos brasileiros fora do eixo tradicional. A menção direta a Neymar, por exemplo, mostra que o craque, mesmo em fase oscilante, ainda é visto como peça viável taticamente. O estilo metódico do italiano, ao contrário da urgência emocional que tantas vezes marcou a seleção, sugere um planejamento mais racional, ainda que pragmático.
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Essa pausa estratégica pode ser uma bênção para a CBF — e uma oportunidade para o futebol baiano também mostrar serviço. Com atletas como Cauly (Bahia) e Everaldo (Vitória) se destacando no cenário nacional, a vitrine pode se ampliar se houver coerência na avaliação. Ancelotti, que não carrega as pressões históricas de treinadores locais, talvez enxergue com mais serenidade talentos que brotam fora dos grandes centros — e quem já viu jogador "criado com farinha" virar referência lá fora sabe que não se trata de bairrismo, mas de atenção.
O desafio agora é transformar esse tempo livre em ganho coletivo. O futebol brasileiro precisa de um Mundial mais competitivo, com um elenco que una força técnica, maturidade e leitura tática. As duas partidas que restam — contra Chile e Bolívia — podem servir de laboratório sem que se perca o respeito pelo escudo. Que Ancelotti descanse, sim. Mas que volte de lá com a cabeça fresca e os olhos bem abertos. Porque Copa do Mundo, como sabemos bem, não se ganha só com nomes. Ganha-se com ideias — e coragem.
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