Andreza segue sem espaço nos clássicos masculinos
Árbitra Fifa desde 2022 ainda não apitou grandes jogos no masculino
Mesmo com o escudo Fifa no peito desde 2022, a mineira Andreza Helena Siqueira ainda não encontrou seu lugar entre os grandes palcos do futebol masculino. Com passagens pontuais pelo Módulo I do Campeonato Mineiro e participações como quarta árbitra em divisões inferiores do Brasileirão, a árbitra tem acumulado experiências longe dos holofotes dos clássicos estaduais. Enquanto isso, colegas que conquistaram o mesmo reconhecimento, como Paulo César Zanovelli, já somam partidas de peso no currículo.
É um contraste que salta aos olhos. Andreza foi pioneira ao comandar uma final de estadual na Segundona mineira, em 2021, mas desde então seu caminho no masculino profissional parece travado. Mesmo quando está presente, geralmente atua como coadjuvante – seja no VAR, como AVAR 2, ou na beira do campo como quarta árbitra. A Federação Mineira afirma que há um plano de desenvolvimento em curso, mas o tempo passa e o protagonismo não chega.
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Em 2024, o único clássico que levou seu nome foi América x Atlético — mas, mais uma vez, como assistente do árbitro de vídeo. No mesmo período, Zanovelli, que também recebeu o escudo Fifa em 2022, já havia comandado quatro clássicos no apito central. A diferença de tratamento entre profissionais da mesma patente levanta questionamentos que a FMF tenta responder com discurso técnico e cauteloso.
É preciso ir além do protocolo. Se há confiança na capacidade da árbitra, como afirma a Federação, é chegada a hora de colocá-la no centro do campo — e não apenas nas bordas da escala. Andreza tem bagagem, histórico e o símbolo da Fifa. O que falta, portanto, é oportunidade real.
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