ASA impõe ritmo, domina Juazeirense e avança com confiança
Com dois de Toscano e um de Keliton, time fecha fase invicto
A última rodada da primeira fase da Série D serviu menos para definir vaga e mais para deixar clara a diferença de ambição. Em Arapiraca, o ASA não tomou conhecimento do Juazeirense e venceu por 3 a 0, com autoridade e sem sobressaltos. Marcelo Toscano marcou duas vezes e ainda perdeu um pênalti, enquanto Keliton, da marca da cal, fechou o placar no primeiro tempo. Líder incontestável do Grupo A4, o time alagoano fecha com 31 pontos em 14 jogos e enfrentará o Ferroviário-CE no mata-mata. Já o Juazeirense, classificado em quarto, terá pela frente o América-RN.
Do apito inicial até a última chuva que caiu em Arapiraca, o ASA mostrou um modelo de jogo maduro, calcado na posse vertical e na pressão coordenada pós-perda. O setor ofensivo combinou amplitude com infiltração, e a movimentação de Toscano confundiu a zaga baiana desde cedo. O Juazeirense, por sua vez, entrou em campo já classificado, e atuou como tal: passivo, espaçado, sem intensidade nas transições. A facilidade com que o ASA chegou ao gol adversário escancarou os problemas estruturais do Cancão, sobretudo na recomposição defensiva e na marcação entrelinhas.
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A vitória encerra uma campanha de respeito dos alagoanos, que chegam ao mata-mata com o melhor ataque do grupo e apenas duas derrotas em 14 jogos. O desafio agora é manter esse ímpeto diante de adversários mais organizados, num formato onde a margem de erro evapora. Para o Juazeirense, o duelo contra o América será um teste de resiliência. Se repetir o desempenho frouxo da rodada final, dificilmente resistirá. O elenco tem experiência, mas carece de consistência — especialmente do meio para trás.
O ASA entra na fase decisiva com uma vantagem que não aparece na súmula: a sensação de que sabe o que está fazendo. Toscano, mesmo aos 40, é referência técnica e emocional. O time tem padrão, volume e, sobretudo, fome. Já o Juazeirense precisa entender que mata-mata não aceita corpo mole. A classificação veio, mas o alerta está dado. Como diria um velho cronista do interior baiano, "quem entra pra dançar e esquece o sapato, sai com o pé pisado".
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