Athletic derrota Botafogo-SP em confronto direto e respira na Série B
Triunfo mineiro amplia crise paulista e reconfigura disputa contra rebaixamento
O Athletic venceu o Botafogo-SP por 2 a 0 na Arena Sicredi, em São João del Rei, pela 26ª rodada da Série B, e quebrou um jejum de dois meses sem vitórias em casa. O placar foi construído no segundo tempo, com gol contra de Edson e finalização precisa de Welinton Torrão. O resultado recoloca o Esquadrão de Aço em trajetória de alívio imediato, ao mesmo tempo em que empurra o rival paulista ainda mais próximo da zona de rebaixamento.
Do ponto de vista tático, o Athletic mostrou consistência e disciplina ao aproveitar os espaços concedidos por um Botafogo-SP frágil em recomposição. O time mineiro equilibrou posse de bola (56%) com eficiência nos momentos decisivos, sobretudo após a entrada de Ronaldo Tavares, que ampliou a mobilidade ofensiva. O Botafogo-SP, por outro lado, exibiu lentidão na saída e dependência excessiva de Guilherme Queiroz, incapaz de furar uma defesa bem posicionada. A partida ilustrou, em escala reduzida, o contraste entre quem soube ser pragmático e quem se perdeu em hesitações.
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O impacto imediato é nítido. O Athletic alcança 32 pontos, abre cinco de vantagem para o Z-4 e sobe para a 13ª colocação, sinalizando sobrevida numa competição de margens estreitas. O Botafogo-SP, com 28 pontos e duas derrotas seguidas, estaciona em 16º e vive a ameaça concreta de entrar no grupo dos quatro últimos. A tabela reforça a pressão: qualquer deslize na sequência pode custar caro a ambos, em um campeonato em que a linha que separa alívio e desespero é cada vez mais tênue.
O duelo, em essência, expôs a diferença de mentalidade. O Athletic, mesmo limitado tecnicamente, entendeu que jogo direto contra rival ameaçado pede ousadia e coragem. O Botafogo-SP, ao contrário, mostrou-se conformado em sobreviver em campo, sem demonstrar plano de reação consistente. A derrota em Minas não foi mero acidente: é reflexo de uma equipe que ainda não encontrou identidade competitiva em 2025. Para o Pantera, a lição é clara. Em Série B, a passividade costuma ser punida com a queda.
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