Atlético encerra sequência negativa e castiga Bragantino com nova derrota

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Atlético encerra sequência negativa e castiga Bragantino com nova derrota

Equipe mineira retoma fôlego, enquanto paulistas somam quinta queda consecutiva no ano

📷 Reprodução: X (Twitter) - Atletico

Num duelo marcado mais pela tensão do que pelo brilho técnico, o Atlético-MG venceu o Bragantino por 2 a 1 na noite deste domingo (3), na Arena MRV, e enfim pôs fim a um incômodo jejum de três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro. Com gols de Igor Gomes e Natanael, o Galo soma 23 pontos e sobe para a 10ª posição, embora ainda tenha dois jogos a menos. O Bragantino, por sua vez, acumula a quinta derrota consecutiva na temporada — quatro no Brasileiro e uma na Copa do Brasil — e vê sua permanência no G-6 ameaçada. A atuação da equipe de Fernando Seabra foi comprometida por lesões precoces e uma expulsão ainda no primeiro tempo.

O Atlético entrou em campo sob pressão crescente, e respondeu com intensidade desde os primeiros minutos. O gol inaugural, de Igor Gomes aos seis, nasceu de uma pressão coordenada na saída rival, convertida em passe de Hulk e finalização limpa. Com a bola, o Galo mostrou variações interessantes entre um 4-3-3 ofensivo e linhas mais compactas na recomposição. Já o Bragantino enfrentou uma sucessão de adversidades: perdeu Sant'Anna e Vinicinho por lesão antes dos 20 minutos, e teve Sasha expulso aos 34 após entrada dura sobre Alexsander. Mesmo assim, empatou com Laquintana no segundo tempo, aproveitando cochilo da marcação em contra-ataque raro. No minuto seguinte, Natanael aproveitou sobra na área e definiu o placar, selando uma vitória que, se não foi plástica, ao menos foi urgente.

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O resultado tem peso duplo. Para o Atlético, é mais do que alívio estatístico — representa reaproximação com a própria identidade competitiva às vésperas do confronto decisivo contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil. Cuca, ainda em busca de consistência, ganhou uma dose pontual de tranquilidade, mas não pode ignorar os espaços concedidos entre as linhas e a queda de ritmo na segunda etapa. Já o Bragantino, que chegou a figurar entre os postulantes ao G-4, vive sua fase mais frágil da temporada. A perda de peças-chave e a desorganização emocional diante da adversidade sugerem uma ruptura de confiança. A manutenção do time no pelotão de cima dependerá de respostas rápidas, sobretudo nos duelos contra adversários diretos como São Paulo e Bahia.

Há vitórias que reerguem mais pelo que impedem do que pelo que constroem. Foi esse o caso do Atlético-MG. O time mineiro não encantou, mas evitou a corrosão interna que costuma emergir em jejum prolongado. Cuca terá pouco tempo para corrigir lacunas defensivas e redefinir o papel de Hulk, visivelmente desconfortável fora da área. Do outro lado, o Bragantino parece ter trocado sua habitual organização por um estado de torpor coletivo. A sucessão de falhas, físicas e mentais, sinaliza que o elenco atingiu um ponto crítico. Como se costuma dizer lá em Jequié, cavalo cansado não aguenta morro sem água. E o campeonato, neste ponto, não perdoa sede nem tropeço. 

 

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Segunda, 04 Agosto 2025

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